No 1º de Maio franceses repudiam corte no seguro-desemprego
O 1º de Maio na França foi marcado por atos em Paris e por mais dezenas de cidades do país com a demanda central de retomada com empregos, justiça no terreno econômico e não ao corte no seguro-desemprego programado por Macron.
De acordo com o Ministério do Interior, mesmo com a pandemia, mais de 100 mil marcharam em Paris, Lyon, Nantes, Lille e Toulouse e mais 300 outas localidades.
A grande maioria dos manifestantes fez uso de máscaras em respeito às normas de proteção contra a Covid e entoando as palavras de “Dividendos são renda de preguiçosos e não o seguro-desemprego” e “Queremos viver, não apenas sobreviver”.
Aos sindicalistas se uniram os “coletes amarelos” que ficaram famosos por comandarem uma onda de protestos de franceses de classe média com perda de poder aquisitivo.
“Uma enchente de dinheiro vai para os que já têm o bastante e cada vez menos para os que nada têm e isso se reflete na “reforma” do seguro-desemprego que queremos derrubada”, afirmou o secretário-geral da CGT francesa, Philippe Martinez, referindo-se ao arrocho que Macron tem promovido para garantir pagamento dos títulos bancários em primeiro plano.
Jean-Luc Mélenchon, que já relançou sua candidatura a presidente pelo partido França Insubmissa, destacou em sua participação do ato em Lille: “Minha determinação é que os integrantes da classe trabalhadora sejam livres do medo de ficarem desempregados”.
Ao final do ato, encapuzados quebraram uma vidraça de uma agência bancária no centro de Paris, provocando confronto com a polícia, segundo a qual 46 foram detidos.