O secretário estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes (PCdoB), analisou, por meio das redes sociais nesta segunda-feira (28), a disponibilidade de vacinas no Brasil e a importância da soberania tecnológica e dos imunizantes produzidos pelo Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no combate ao coronavírus.

“No primeiro ano de pandemia, no contexto de escassez, comprar todas as vacinas disponíveis no mercado internacional era uma obrigação de qualquer governo sério e responsável com a vida. Elas fizeram falta no primeiro trimestre deste ano, vidas teriam sido salvas”, apontou Nésio.

No entanto, disse, “após a cobertura que alcançaremos em 2021, o Brasil não precisará depender de tecnologias estrangeiras, podendo atender a demanda interna e também cumprir papel de exportador de vacinas a diversos países do mundo que não alcançaram ampla cobertura vacinal”.

Nésio comentou que “a soberania tecnológica, a relação custo-efetividade, a autonomia produtiva, a possibilidade do uso de dose ajustada, a segurança e eficácia já comprovadas farão da AstraZeneca (produzida no Brasil pela Fiocruz) a principal vacina do SUS em 2021”.

O secretário disse ainda que “para a tristeza de quem vive de alimentar as redes sociais com modismos da grande indústria farmacêutica, a Covishield, a vacina produzida pela Fiocruz, deve consolidar-se como a principal vacina do SUS no próximo ano e a Butanvac será a grande aposta nacional do Butantan”.

Nésio explicou que “vacinas de mRNA são de patentes estrangeiras, caras, levam à dependência tecnológica e não apresentam vantagem sanitária em relação às outras plataformas. Ao final, com ampla cobertura de qualquer uma das vacinas disponíveis pelo PNI/MS (Plano Nacional de Imunização/Ministério da Saúde) alcançaremos controle da morbimortalidade”.

Por Priscila Lobregatte