A Medida Provisória (MP) 905, que criou um novo modelo de contrato de trabalho com menos direitos, aumenta a jornada de trabalho dos bancários de 6h para 8h diárias e permite a abertura de agências aos sábados.
Apenas os caixas continuarão com a jornada anterior à publicação da MP, com 30h semanais, mas também poderão ter aumento de jornada caso haja “acordo ou convenção coletiva”.
Após o anúncio da MP, o Comando Nacional dos Bancários solicitou reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) para cobrar o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho vigente da categoria.
“Vamos deixar claro o nosso posicionamento de que o que vale é o que está acordado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, que resguarda direitos ameaçados pela MP como a jornada de seis horas, o não trabalho aos sábados e domingos e as regras negociadas para o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A CCT foi acordada e assinada por todos os bancos. Portanto, deve ser respeitada integralmente”, diz a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva.
“No mais, vamos lutar arduamente, nas ruas e redes, e também na pressão sobre os parlamentares, para derrubar essa medida provisória, que não passa de mais um ataque covarde deste governo aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. Conclamo toda a categoria bancária a somar forças nessa mobilização. Nossa unidade e organização na luta sempre foram fundamentais para defender nossas conquistas. E dessa vez não será diferente. Só a luta nos garante”, enfatiza Ivone.