Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, denuncia concentração de tropas ucranianas - fortemente armadas pelos EUA - na região do Donbass

Washington precisa entender que sua política de dupla contenção em relação a Moscou e Pequim está completamente desatualizada e não tem nada de bom a oferecer aos Estados Unidos, disse em declaração a chancelaria russa, em resposta a um questionamento surgido na coletiva de imprensa do chanceler Sergei Lavrov, que se seguiu à reunião em Genebra com o homólogo Anthony Blinken.

“Já é hora de nossos colegas americanos entenderem que a política de contenção dupla de Washington em relação a Moscou e Pequim está completamente desatualizada e não oferece boas perspectivas para os EUA”, diz a declaração.

“Os americanos fariam mais bem para si mesmos e para o mundo inteiro se abandonassem sua pretensão arrogante de dominância e se engajassem em um diálogo igual e honesto com a Rússia, China e outros grandes atores, a fim de buscar soluções equilibradas para questões prementes de segurança e desenvolvimento global. Estamos prontos para esse trabalho”, destacou o ministério.

De acordo com a chancelaria russa, as relações entre Moscou e Pequim “não dependem da situação política global porque as partes buscam impulsioná-las com base no respeito à soberania de cada um, na cultura política e no princípio de não-ingerência nos assuntos internos de cada um”.

“É crucial que Moscou e Pequim compartilhem abordagens iguais ou semelhantes para resolver questões globais importantes. É por isso que nossos países desempenham um papel estabilizador na política global”, enfatizou a declaração russa.

“Rússia e China procuram impulsionar [sua] parceria estratégica com base na lógica histórica objetiva e no vasto potencial mútuo que os dois países têm. Outra coisa a lembrar é que há um consenso social estável na Rússia e na China sobre as perspectivas, escala e profundidade da cooperação multilateral”, concluiu o MRE russo.