Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública interativa para ouvir o ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, sobre informações e esclarecimentos a respeito das notícias veiculadas na imprensa relacionadas à Operação Lava Jato. À mesa, ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro Sérgio Moro, em áudio enviado ao Movimento Brasil Livre (MBL), pediu desculpas por ter chamado os membros da agremiação de “tontos”, em uma das mensagens publicadas pelo site The Intercept Brasil e pelo jornal Folha de S. Paulo.
A mensagem se refere a uma manifestação promovida pelo MBL em frente ao edifício onde morava o ministro Teori Zavascki, do STF, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Escreveu Moro ao procurador Deltan Dallagnol, pelo aplicativo Telegram: “Não sei se vcs têm algum contato mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condomínio do ministro. Isso não ajuda evidentemente.”
Essa mensagem é do dia 23 de março de 2016. Moro, portanto, tem, agora, que decidir se re- conhece as mensagens divulgadas por The Intercept como verdadeiras – o que fez, ao se desculpar com o MBL – ou se não reconhece as mensagens como autênticas (como disse em seu depoimento ao Senado).
Entretanto, ele pretende as duas coisas ao mesmo tempo, o que é ridículo. No áudio de agora, diz Moro ao pessoal do MBL: “Consta ali um termo [tontos] que não sei se usei mesmo, acredito que não, pode ter sido adulterado, mas queria assim mesmo pedir minhas escusas, se eu eventualmente utilizei.”