Zezinho do Araguaia na sede nacional do PCdoB, em Brasília

O militante histórico do PCdoB, Micheas Gomes de Almeida, que ficou conhecido como Zezinho do Araguaia, visitou a sede do partido nesta quarta-feira (5). Aos 82 anos, com a bandeira do Brasil bordada do lado esquerdo do peito e esbanjando saúde, Zezinho conta memórias de luta, mas enfatiza a pauta que defende no presente: o direito dos consumidores.

Zezinho tornou-se conhecido por ser um raros sobreviventes da Guerrilha do Araguaia, movimento político armado que tentou derrubar a ditadura nos anos 1970. Ele conta que começou a militar cedo, em Macapá, como participante da Juventude Operária Católica. Foi companheiro de Pedro Pomar, Ângelo Arrôyo e de muitos outros militantes comunistas, e filiou-se ao PCdoB em 1962. Depois da Guerrilha do Araguaia, o paraense Zezinho foi para São Paulo, onde viveu com nome falso e trabalhando como eletricista.  Era dado como morto na guerrilha até os anos 1990.

Hoje Zezinho vive em Goiânia e segue defendendo a organização da sociedade. “Pra reivindicar, tem que se organizar”, explicou. “Estamos vivendo uma degradação social e ambiental. Está no hora de olhar pra um equilíbrio da sociedade e do planeta, que está sendo destruído. Para lutar, precisamos de representação nos Três Poderes”, defendeu Zezinho, que entregou uma carta com sua defesa dos direitos da maioria ao secretário nacional de Comunicação do PCdoB, Adalberto Monteiro, e ao presidente do PCdoB-DF, Augusto Madeira.