Servidores durante protesto na manhã desta terça-feira.

Em assembleia unificada, milhares de servidores públicos de Porto Alegre se concentraram na Praça da Matriz contra o pacote de medidas do governo Eduardo Leite que retira direitos, mexe no plano de carreira e aumenta a contribuição para as aposentadorias. O funcionalismo também protesta contra o parcelamento dos salários, que acontece há quatro anos.
A manifestação começou no início da manhã desta terça-feira e foi convocada pelo Movimento Unificado dos Servidores, que conta com 80 entidades sindicais e associações de diversas categorias. Os servidores estão em greve há quatro semanas. Na Educação, a categoria mobiliza mais de 1.500 escolas, que permanecem afetadas total ou parcialmente.
“Temos um fortalecimento da greve, que segue com unidade. Semana que vem, voltamos para acompanhar os três dias de votação do pacote”, disse a presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Helenir Aguiar Schürer.
Os servidores, que também contam com o apoio dos alunos da rede pública, presentes na manifestação, seguiram em caminhada gritando a palavra de ordem “retira” pelas ruas do Centro até a Secretaria Estadual da Fazenda.
O pacote de medidas engloba seis projetos de lei, um projeto de lei complementar e uma Proposta de Emenda à Constituição. Os textos, com exceção da PEC, tramitam na Assembleia Legislativa em regime de urgência.
No fim da tarde está prevista uma assembleia geral dos policiais civis. A categoria vai discutir o pacote e definir sobre o indicativo de greve. Em seguida realizam caminhada até o Palácio Piratini.
Na segunda feira, as centrais sindicais divulgaram uma nota em apoio à greve dos servidores no Rio Grande do Sul.
“Solidariedade também à luta dos servidores públicos do Paraná, São Paulo, Alagoas e servidores de todo o Brasil. A política de cortes indiscriminados nos investimentos públicos, dos direitos dos trabalhadores e de Estado mínimo aprofunda o desemprego, a recessão e a miséria do nosso povo”, afirmam as entidades.
A nota é assinada pela CTB, CGTB, Força Sindical, CUT, UGT, CSB, CSP-Conlutas e Intersindical .