O processo envolve a injeção de grandes quantidades de água, areia e produtos químicos a alta pressão no subsolo para liberar as reservas que se encontram em grande profundidade.

O presidente Andrés López Obrador determinou que a estatal Petróleos Mexicanos, Pemex, suspenda a execução do projeto – da gestão anterior – de exploração de petróleo por fratura hidráulica, conhecido como ‘fracking’, em Tampico.

A Comissão Nacional de Hidrocarbonetos (CNH) tinha aprovado, no dia 26 de junho, um plano de exploração dessa área pela Pemex Exploração e Produção, PEP, com recursos não convencionais mediante um investimento de até 39 milhões de dólares, com o objetivo de obter petróleo leve e gás de xisto.

Obrador esclareceu que a solicitação para a aprovação desse plano tinha sido feita pela direção da Pemex em novembro do ano passado, um mês antes dele assumir o mandato. A direção da estatal mudou com o novo governo e impedir o uso desse método foi uma das questões levantadas pelo presidente em sua campanha eleitoral.

Esse tipo de tecnologia, desenvolvida pelos Estados Unidos, é utilizada para extrair petróleo e gás de xisto – gás natural encontrado no interior de um tipo poroso de rocha sedimentar. O processo envolve a injeção de grandes quantidades de água, areia e produtos químicos a alta pressão no subsolo para liberar as reservas que se encontram em grande profundidade.

Até um estudo realizado em 2016 pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA concluiu que o fracking tem o poder de contaminar o fornecimento de água potável das regiões próximas. Também foram realizados vários estudos que conectam o fracking com a atividade sísmica.

“Está suspensa essa autorização, não vamos usar fracking na exploração de petróleo em nosso país; já tratamos o tema e já e já foram encaminhadas as instruções correspondentes”, assinalou López Obrador.

O novo diretor da Pemex, Octavio Romero Oropeza, já está operando sobre a questão, acrescentou o presidente em coletiva de imprensa.