Metalúrgicos da Renault mantêm greve até empresa abrir negociação
Em assembleia, nesta quinta-feira (19), os trabalhadores da Renault, em São José dos Pinhais (PR), decidiram manter a greve que já completa 13 dias. Desde o começo da mobilização, os metalúrgicos enfrentam a truculência e intransigência da empresa, que se recusa a negociar.
Nesta quinta, uma nova proposta de acordo, aprovada na assembleia, foi apresentada à empresa pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 13,67% em setembro de 2022 e 10% em setembro de 2023, como garantia das perdas acumuladas. O Sindicato defende que, anualmente, seja garantida aos trabalhadores a reposição da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com um acréscimo de, no mínimo, 3%, até ser diluída todas as perdas acumuladas em 2020 e 2021(13,67%) num prazo máximo de quatro anos.
Sobre a PLR, a categoria apresentou como proposta o pagamento mínimo de R$ 45.500,00, sendo R$ 22.500,00 para 2022 e R$ 23.000,00 para 2023 para um volume de até 198.460 veículos. Acima deste montante, o pagamento de R$ 0,13(treze centavos) por carro, ou seja, para cada 10 mil carros a mais cada trabalhador receberá R$ 1.300,00 a mais de PLR.
“Os trabalhadores decidiram que vão aguardar a decisão da empresa, uma vez que o sindicato apresentou uma proposta de conciliação para que a gente possa recuperar o poder aquisitivo do trabalho, recuperar as PLR’s que foram expurgadas nos últimos anos, dando a esse trabalhador uma condição mais lógica para o momento que se vive dentro da empresa. Esperamos que nas próximas horas a empresa volte a falar com o sindicato e que a gente tenha uma proposta mais realista para se discutir na próxima assembleia”, disse o presidente do SMC, Sérgio Butka.
“Como não foi possível uma proposta de conciliação, os trabalhadores aguardam em casa até que tenhamos uma nova proposta”, completou Butka.