Na quinta-feira (17) a Mercedes-Benz anunciou que vai fechar a fábrica de automóveis de Iracemápolis (SP), única unidade da montadora alemã voltada para a produção de automóveis no Brasil. A empresa deu férias coletivas a 370 funcionários.

Segundo a multinacional, um dos motivos para o fechamento da unidade é a alta do dólar, com a desvalorização da moeda brasileira, que se agravou com a pandemia do Covid-19.

A multinacional argumenta que, como menos de 40% dos componentes dos carros são fabricadas no Brasil, a alta cotação do dólar encarece a importação de peças de fora do país.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira, Rio Claro e Região afirma que foi pego de surpresa pela notícia do fechamento e que no próximo dia 22 promove uma assembleia da categoria para definir sobre o destino dos trabalhadores.

O sindicato quer que a empresa explique “sob quais condições a fabricante de veículos deixa o município onde já recebeu concessões favoráveis para se instalar e quais as possibilidades de minimizar as perdas para os trabalhadores dispensados”.

Além da perda para os trabalhadores, o município também vai sofrer um golpe com o encerramento das atividades da fábrica, já que ela responde por 8,4% do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) arrecadado por Iracemápolis em 2020 e é a segunda maior empregadora do município.