Manuela defende celeridade nas medidas de combate à pandemia
A candidata do PCdoB à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela d’Ávila, falou nesta quarta-feira (4), em entrevista à Rádio Gaúcha, sobre as ações emergenciais que deseja implementar para o enfrentamento da pandemia.
Ela destacou que já no primeiro dia após o segundo turno, é preciso tratar com celeridade da questão e defendeu a formação de um comitê voltado para a pandemia. Em março, disse, ”eu escrevi ao prefeito e ao governador sugerindo que fosse implantado um comitê de crise para tratar da pandemia. Acreditava que nesse comitê deveríamos ter o pessoal da saúde, o Conselho Municipal da Saúde, a turma da educação, os empresários, a representação dos trabalhadores e mesmo uma pactuação entre os partidos políticos, ou seja, entre governo e oposição, porque o tema é muito sério. Então, em 30 de novembro, quero encaminhar a construção desse comitê de crise”.
A segunda questão é a vacina. “Eu torço para que nacionalmente o SUS garanta a vacinação de toda a população brasileira. Mas não vou me furtar de fazer, como outros estados já fazem, a negociação da vacina para a nossa cidade, inclusive sem nenhum tipo de preconceito ideológico, como o manifestado pelo presidente da República”. A terceira questão levantada pela candidata é a constituição de brigadas nas comunidades com os agentes comunitários da saúde para evitar a ampliação do contágio.
Manuela destacou também a necessidade de “conversar com a comunidade escolar e conseguir preparar as escolas para receber estudantes”. Ela lembrou, ainda, que, no contexto que se desenha, de ensino híbrido, é preciso garantir o acesso à internet para todas as crianças que são alunas da Rede Municipal de Ensino. Segundo a candidata, hoje 88% delas não têm acesso à internet. A proposta é criar um programa, junto à empresa de processamento de dados da Prefeitura (a Procempa) para que o Wi-Fi dos espaços públicos — como postos de saúde e escolas — estejam abertos para esse uso.
A candidata também demonstrou preocupação com o retorno das crianças ao trabalho infantil devido à atual crise econômica, facilitado pela necessidade de as escolas estarem fechadas. “Temos visto as crianças voltarem para as sinaleiras para ajudar na renda familiar”, lamentou. Por isso, Manuela defende a implantação de um programa de proteção à infância. “Queremos que essas crianças estejam blindadas contra o trabalho infantil”.
Por Priscila Lobregatte
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