A ex-deputada Manuela d’Ávila entrou na última polêmica causada por declaração do ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, com argumentos diferentes da maioria que circula na rede. Ao invés de fazer piada de mais um erro no português do responsável pelo MEC, a comunista questionou o suposto desconhecimento do ministro sobre a  grande quantidade de pesquisa produzida no Brasil que trata de segurança pública.

Weintraub respondia a mensagem do deputado Eduardo Bolsonaro,  no twitter, sobre investimentos do governo em pesquisas sobre segurança pública. O ministro errou ao escrever impressionante com “c”, mas também, como apontou Manuela, errou ao afirmar que não existiam estudos sobre o tema no país.

A ex-parlamentar gaúcha deu exemplos: no programa de pesquisa em que ela mesma concluiu mestrado em Políticas Públicas, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), um colega dela, Alberto Kopittke, desenvolveu tese de doutorado sobre segurança pública.

Manuela também lembrou de Marielle Franco. A vereadora assinada no Rio de Janeiro era pesquisadora da área. Além de voltar a cobrar respostas para a morte de Marielle, Manuela comentou que há grande quantidade de mulheres que pesquisam as respostas do Estado à violência e temas correlatos:

“Muitas de nós estudam violência de gênero. O cara é um ministro que não conhece nada de pesquisa! Uma vergonha!”

O catálogo de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao MEC, oferece um mapa da pesquisa realizada no Brasil.O termo “segurança pública” oferece 2680, sendo 1678 dissertações (investigações em nível de Mestrado) e 458 teses (Doutorado). Os trabalhos atendem a diversas áreas de concentração como “sistema penal e violência”; “sociologia” e “segurança pública, cidadania e direitos humanos”.

Português

Sobre o erro ortográfico do ministro, Manuela pontuou o elitismo que permeia este tipo de crítica.

Siga os tuítes de Manuela: