A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, deputada estadual Manuela D’Ávila (RS) contou com a troca de experiências entre gestores públicos, sociedade civil e os Poderes Legislativos de diferentes estados na tarde desta segunda-feira (27), no seminário “16 Dias de Ativismo: Direitos, Lutas e Resistências”, realizado no auditório Murilo Aguiar.

A titular da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Ceará, deputada Augusta Brito (PCdoB), disse que o intercâmbio de experiências entre as casas Legislativas está sendo aprofundado. Segundo ela, para além das discussões pertinentes e necessárias sobre violência, a vontade é “mostrar que a mulher pode debater vários outros assuntos, como os relacionado à crise e ao crescimento e desenvolvimento do nosso Estado”.

A parlamentar cearense afirmou que propostas estão sendo construídas para debater com a juventude nas escolas diversos temas “que são de interesse do País, do Estado e do município de cada um”.

Manuela, ressaltou a importância da mobilização do Poder Legislativo para o avanço de pautas demandadas pelas mulheres. Ela avaliou que houve um crescimento da acolhida desse tema no Poder Legislativo, apontando que tal cenário acontece, sobretudo, pela pressão positiva e construção dos movimentos sociais vinculados às mulheres.

A deputada lembrou ainda que as assembleias são os espaços de debate sobre o orçamento e, consequentemente, das políticas públicas, que precisam dos projetos orçamentários para existirem. Segundo ela, a Procuradoria da Mulher da ALRS realizou um estudo sobre “onde é possível aumentar ou não o investimento em políticas específicas que podem diminuir o impacto da violência contra a mulher”.

Durante a entrevista coletiva, Manuela afirmou que as procuradorias da mulher, espaços recentes que ganham importância nas Casas Legislativas, têm como tarefa central a transformação da cultura. Durante fala no seminário desta segunda (27), a parlamentar apresentou experiência da AL do Rio Grande do Sul em um trabalho que tratou sobre a violência contra a mulher.

“É a ideia de que a política não é feita somente quando aprovamos uma lei, mas o esforço que nós temos que fazer para que a sociedade mude a visão que tem e que faz com que essa violência exista. Política é também lutar para mudar a sociedade, e a gente não muda só com lei, mas mudando a cultura também”, defendeu.

Fonte: Assembleia Legislativa