Manuela D’Ávila homenageia Eva Sopher na Assembleia do RS
A pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, deputada estadual Manuela D’Ávila (RS) ocupou o período do grande expediente na Assembleia legislativa desta terça-feira (20), para fazer uma homenagem à Eva Sopher, que morreu no dia 7 de fevereiro aos 94 anos.
Por sua proposição, a parlamentar destacou o legado de Eva, que comandou o Theatro São Pedro por mais de 40 anos.
“O mais importante é a obra, não a gente, já dizia a dona Eva”, com essa frase Manuela iniciou seu discurso em que relembrou a história de Eva Sopher.
Eva nasceu em 1932, em Frankfurt. Fugindo da perseguição nazista, ela veio para o Brasil com apenas 13 anos. Após passar por São Paulo e Rio de Janeiro, Eva foi para Porto Alegre na década de 60. Em 1975, assumiu a direção do Theatro São Pedro e coordenou a reconstrução do prédio, que foi reaberto em 1984.
“Ela dedicou a vida a esse local e ficou conhecida como a guardiã do Theatro São Pedro. Foram mais de 40 anos de luta pela preservação desse ícone da cultura do Rio Grande do Sul”, destacou a parlamentar.
Manuela também falou sobre as condecorações e prêmios recebidos por Eva, entre eles, a Medalha do Mérito Farroupilha, a mais alta distinção do parlamento gaúcho, e o Troféu Mulher Cidadã.
“Ela vivia para o palco, mas não ficava à vontade sobre ele. Queria proporcionar espaço para a cultura no estado”, salientou.
Na ocasião, a deputada alertou que vários locais emblemáticos da cultura gaúcha sofrem com poucos recursos ou estão fechados.
“É preciso um olhar atento para a nossa cultura, tão carente de investimentos públicos e que sofre seguidamente atentados”, destacou. Por isso, salientou a persistência de Eva Sopher para manter o Theatro São Pedro funcionando. “Imaginar o São Pedro sem ela lá dentro é um desafio imenso. Que possamos eternizá-la dando seu nome ao Multipalco. E que abracemos o Theatro como uma forma de resgatar todos os equipamentos públicos que precisam ser resgatados para que a cultura seja levada ao povo do Rio Grande”, concluiu Manuela D’Ávila.