Anderson Quack, Manuela D´Ávila, Nilza Camillo, Preto Zezé e Luiz de Jesus | Fotos: Karla Boughoff

“Queremos construir juntos um projeto para o Brasil se desenvolver, garantir direitos e justiça social, oferecer oportunidades”, afirmou a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D´Ávila que se reuniu na noite desta segunda-feira (5), na Zona Leste de São Paulo, a convite da organização política Frente Favela Brasil (FFB).

Na abertura da plenária, Manuela lembrou que foi ao encontro mais para ouvir opiniões e experiências para a construção de um conjunto de ações que possam fazer parte do programa de governo da candidata (que deve ser anunciado em breve) e discutir estratégias de atuação conjunta em defesa de bandeiras comuns entre as legendas.

Ao lembrar que as “mulheres negras são as mais excluídas na estrutura do Estado brasileiro e por isso carregam a marca da desigualdade social”, Manuela afirmou que o centro do seu programa é garantir que o Estado esteja a serviço dos 99% da população formados por negros, moradores de favelas, mulheres, jovens e outras parcelas que trabalham e produzem a riqueza do país, não a serviço do 1% que compõe a elite representada por Temer e o capital financeiro. 

O FFB, pediu em 2017 registro ao Tribunal Superior Eleitoral como partido político, mas informaram que ainda não irão se regularizar como legenda partidária a tempo para as eleições deste ano. Segundo seus integrantes, a Frente busca protagonismo à população negra e aos moradores de favelas e demais regiões periféricas. A organização está em um processo de rodadas de conversas com possíveis candidatos à disputa presidencial deste ano e procura espaços para ampliar o percentual de negros e favelados nas casas legislativas, para que essas expressem a diversidade da população e para que as leis reflitam a história e as necessidades da população brasileira oriunda de favelas e periferias.

Anderson Quack, integrante do FFB no Rio de Janeiro, disse que as lutas de movimentos sociais como os que a Frente representa trouxeram conquistas importantes. “Tiramos os negros dos cadernos policiais e os colocamos nos cadernos de cultura e economia, por exemplo. Agora queremos inseri-los fortemente na política”.

A pré-candidata deixou abertas as portas do PCdoB à FFB para unir esforços no processo eleitoral de 2018 nas disputas majoritárias e proporcionais. “Nossa parceria deve levar em conta a trajetória de luta e os objetivos comuns das duas forças políticas aqui reunidas”.

Também participaram do encontro, entre outros, os líderes do Frente Favela Brasil Celso Athayde, do Rio de Janeiro, Preto Zezé, do Ceará, Nilza Camillo, de São Paulo, e Luiz de Jesus, também de São Paulo.

Pelo PCdoB, também estiveram presentes o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino, o deputado federal Orlando Silva (SP), que preside o Comitê Estadual do partido em São Paulo, a vice-prefeita da capital paulista, Nádia Campeão e o presidente municipal do PCdoB paulistano, Wander Geraldo.