Manuela d'Ávila é pré-candidata a prefeitura de Porto Alegre e defende união do campo progressista

A pré-candidata pelo PCdoB a prefeita de Porto Alegre, Manuela D´Ávila, afirmou, na última terça-feira (12) ao Programa Esfera Pública da Rádio Guaíba, que no momento a prioridade máxima de todos deve ser o combate à pandemia do coronavírus. Contudo, afirmou sentir-se “honrada” com a decisão do PT de apoiá-la para a prefeitura de Porto Alegre e com a indicação de Miguel Rosseto para vice de sua chapa. Manuela também analisou o cenário eleitoral e que o efeito de adiar eleições pode ser diminuir o espaço da democracia no país.

“O central para nós agora não é o debate eleitoral, mas é, em primeiríssimo lugar, garantir ações de solidariedade para fazermos a nossa parte no enfrentamento das vulnerabilidades com as quais a sociedade se deparara neste momento”, disse Manuela.

“Quero registrar que fiquei muito honrada com a decisão tomada pelo PT de unidade. De receber esse apoio. E mais ainda por ser o Miguel Rosseto. Estou muito feliz. Nós trabalhamos juntos e eu sou a veterana dele no mestrado de políticas públicas”, acrescentou.

DNA Solidário

Manuela deu como exemplo de ações neste momento para enfrentar a pandemia o recolhimento de alimentos e produtos de higiene, que é feito pelo Instituto e Se Fosse Você?, que ela preside.

“O instituto que eu presido comemora a marca de 40 toneladas de alimentos distribuídos a partir de uma iniciativa de diversas pessoas e empresas”, destacou a ex-deputada.

“E essa unidade nos dá mais força para construirmos ainda mais ações de solidariedade. Isso tem a ver com o nosso DNA, com a nossa marca, com aquilo que nós acreditamos como sociedade”, prosseguiu Manuela.

Mais povo nas decisões

A líder do PCdoB avaliou a possibilidade de adiamento das eleições e disse que talvez seja necessário, mas defende que o pleito seja realizado ainda este ano. “É necessário que o povo participe mais das decisões. Poderemos ter um período mais prolongado de transição até voltarmos para a normalidade, se é que podemos falar em normalidade”, observou. “Espero que a gente construa essa transição com muito mais democracia”, defendeu Manuela.

“Os governos decidem se a gente sai ou se não sai, quando a gente sai. Se esse período for se estender, precisaremos de governos mais democráticos para enfrentar a situação da população. Minha preocupação é que a prorrogação dos mandatos possa criar uma situação de menos democracia no Brasil”, alertou a pré-candidata.

Ela destacou também que a unidade conquistada agora “fortalece também a luta para que a pandemia seja enfrentada de forma mais eficaz”. “Teremos mais força para exigir mais equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, mais investimentos nos serviços públicos de qualidade”, disse Manuela.

Frente ampla

Para a ex-deputada todos os setores progressistas são do mesmo campo. “Vou trabalhar até o último momento para que estejamos todos unidos e que possamos ter um projeto mais democrático para a nossa cidade, para o estado e para o país”, disse ela.

“Vamos debater um projeto alternativo, que leve em conta os interesses do povo, que não abandone a população à própria sorte, que defenda o meio ambiente, enfim um novo projeto nacional de desenvolvimento e a conquista de uma nova Porto Alegre, mais humana, mais integrada num meio ambiente protegido. Vamos voltar a ser a cidade mais arborizada do Brasil”, defendeu.

“Ainda mais depois dessa pandemia, eu não tenho dúvidas de que a saúde pública deverá ser tratada como prioridade absoluta”, acrescentou a ex-deputada.