Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Foto: Marcos Brandão - Agência Senado

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, posicionaram-se contra o decreto que libera o porte de armas, as propostas para alteração das leis de trânsito e a política ambiental de Bolsonaro.
Eles criticaram ainda a falta de uma política do governo para desenvolver o país e combater o desemprego e a miséria.
Os dois representantes do Congresso Nacional também disseram, durante uma entrevista publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, na segunda-feira (10), que o projeto anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, não é prioridade para o chefe do executivo.
Eles afirmaram que faltam propostas ao Palácio do Planalto, que coloquem soluções para os problemas do país. Ambos criticaram a falta de uma agenda do governo, apontando que as ações do executivo se restringem à reforma da Previdência.
“Mas era para a gente estar em outro debate: o que fazer, ao lado das reformas, para as pessoas que estão passando fome no Brasil. Eu quero ser apresentado a alguma proposta em relação a isso”, cobrou Davi Alcolumbre.
Para Rodrigo Maia, o que o Parlamento de fato quer saber “é qual é o projeto do governo para o país para os próximos quatro anos”. “O presidente até agora apresentou, do ponto de vista macro, uma só proposta: a da Previdência”, disse.
O presidente da Câmara disse que se o governo tivesse “uma agenda de redução da pobreza, do desemprego, da burocracia” e colocasse de forma concreta, os partidos poderiam dizer “apoiamos essa agenda” e trabalhar para implementar essa agenda.
“O problema é que nós estamos andando de trás para a frente, buscando voto para aprovar uma reforma que não é popular. Falar que a reforma da Previdência é popular na base da sociedade, no Norte e no Nordeste, é conhecer pouco o Brasil”, disse.