Macron investiga espionagem do seu celular por spyware israelense
O presidente francês, Emmanuel Macron, ordenou diversas investigações a serem realizadas depois que seu cellular foi invadido mediante o uso de um malware (software de invasão) de nome Pegasus que é produzido pela empresa israelense NSO que vende serviços de espionagem.
Assim como o celular de Macron, também foram espionados 14 miinistros do governo francês e ainda o ex-primeiro-ministro Édouard Philippe.
A informação foi do primeiro-ministro Jean Castex, em declaração desta quarta-feira (21). Segundo ele o esforço é “lançar luz sobre estas revelações”.
Castex declarou que o governo “vai exeminar tudo isso muito de perto dado potencial de sério dano”.
As denúncias são de que a bisbilhotagem por parte de governos ditatoriais sobre os celulares de ativistas e jornalistas implicou na invasão de 50 mil números de telefones e que ao menos 180 jornalistas foram atingidos.
As investigações jornalísticas que levaram à explosão das denúncias envolveram a organização com sede em Paris denominada Forbidden Stories, a Anistia Internacional que atuaram em conjunto com 16 organizações de mídia e 80 jornalistas.
Entre as graves denúncias, há a de que a noiva do jornalista saudita, Kahogi, esquartejado em um consulado da Arábia Saudita na Turquia, foi invadido por este software.
Em matéria do dia 21, o jornal israelense Haaretz aponta o ex-primeiro-ministro de Israel, Bibi Nedtanyahu, como o principal agenciador das vendas do malware Pegasus a governos de cunho ditatorial com os quais contatava. Entre eles a Arábia Saudita e a Hungria.
Np Brasil, os empresários da NSO, produtora da Pegasus estiveram presentes em conferências sobre segurança e disfarçados de militares israelenses na turma de “resgate” enviada por Israel durante o desastre de Brumadinho. Bolsonaro visitou a sede da empresa de softwares de espionagem dois meses depois.