Lula venceria Bolsonaro no 2º turno por 50% a 32%, aponta pesquisa
A pouco menos de um ano das eleições presidenciais de 2022, o petista Luiz Inácio Lula da Silva segue à frente de todos os seus adversários – incluindo o presidente Jair Bolsonaro – na preferência do eleitorado. Conforme a nova rodada da pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quarta-feira (3), Lula tem mais de 40% das intenções de voto em cenários de primeiro turno e cerca de 50% nas projeções para o segundo.
No cenário espontâneo, a intenção de voto em Lula oscilou de 30% para 31%, de setembro para outubro, e, no estimulado, passou de 43% para 42%. A evolução do presidente Jair Bolsonaro, foi de 23% para 24% no levantamento espontâneo e se manteve em 28% no estimulado.
Na resposta espontânea sobre seu candidato ao Planalto, Lula liderou o levantamento do mês passado com 31%, ante 24% de Bolsonaro, 3% de Ciro Gomes (PDT), 2% do ex-ministro e ex-juiz da Lava-Jato Sérgio Moro – que deve se filiar ao Podemos no próximo dia 10. João Doria, que disputa a indicação do PSDB para a disputa presidencial com o governador gaúcho Eduardo Leite, recebeu 1%, enquanto seu concorrente partidário não pontuou. Também não pontuou o apresentador José Luiz Datena, que está trocando o PSL pelo PSD, enquanto o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta levou 1%.
Na resposta estimulada, Lula também está na dianteira, com 42% no cenário que inclui João Doria (4%) e 41% no que inclui Eduardo Leite (3%). No cenário com o governador paulista, Bolsonaro recebeu 28% das respostas, Ciro Gomes, 11%, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, 3%, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), 2%. No segundo cenário, com Leite na disputa, Bolsonaro ficou com 25%, Ciro Gomes (PDT), com 9%, Sergio Moro recebeu 8%, Mandetta, 3%, Datena levou 3%, Eduardo Leite, outros 3%, Pacheco 2%, e a senadora Simone Tebet (MDB), 1%. O senador Alessandro Vieira (Cidadania) não pontuou.
Em eventual segundo turno, Lula vence todos os candidatos. Ante Bolsonaro, o petista fica com 50% dos votos, seguido por 32% do atual presidente. Se a disputa fosse com Moro, Lula receberia 52% ante 34% do ex-juiz. Com Ciro Gomes, o petista teria um percentual marginalmente menor, 49% ante 29% do pedetista. Ante João Doria, a disputa encerraria em 51% a 27%. Com Eduardo Leite, o resultado seria de 50% a 28%.
A pesquisa também simulou outros cenários de segundo turno: Ciro Gomes venceria Bolsonaro por 44% a 34%. Já entre Doria e Bolsonaro, o governador paulista levaria a Presidência com 40% a 35%, enquanto Leite venceria por margem menor, de 37% a 34%.
A pauta econômica é o principal tema a ser tratado pelo próximo presidente, segundo 44% das respostas colhidas pela XP/Ipespe, com especial atenção para inflação e custo de vida (18%), desemprego (14%) e fome/miséria (11%). Outro destaque da pesquisa é que o medo do coronavírus está diminuindo. Dos entrevistados, o total daqueles que perderam o medo subiu de 30% para 35%, enquanto aqueles que estão com um pouco de medo se mantiveram em 41%. Entre aqueles com muito medo, o porcentual caiu de 28% para 23%.
A pesquisa apurou que 19% dos entrevistados se disseram de esquerda, mesmo porcentual registrado em junho deste ano, e 5% de centro-esquerda (7% em junho). Outros 29% responderam ser de direita (27% em junho), e 6% de centro-direita, um ponto a menos que em junho.
Já a reprovação da gestão Bolsonaro está em 54%. Em setembro, o índice de ruim/péssimo do governo era de 55%, mostrando manutenção dentro da margem de erro. “Apesar da imagem mais moderada vendida por Jair Bolsonaro nos últimos dois meses, a reprovação do presidente continua praticamente no mesmo patamar”, lembrou o jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Desde junho, a pesquisa aponta para uma rejeição de Bolsonaro acima dos 50%. No mesmo período, o índice de entrevistados que apoiam o governo oscila entre 23% e 24%. Quando perguntados sobre a maneiras como o presidente governa o País, 64% desaprovam e 30% aprovam.
A pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), financiada pela XP Investimentos. O levantamento entrevistou mil brasileiros, com 16 anos ou mais, em todas as regiões do País, de 25 a 28 de outubro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
Com informações do Valor Econômico e do Metrópoles