Para Luciana, no entanto, o presidente encontrará resistência de seus aliados, apesar das manobras que tem feito para assegurar o resultado positivo na possível votação da Reforma da Previdência (PEC 287/16) no Plenário da Câmara.

“Do ilegítimo Temer eu não me surpreendo com mais nada. Nós estamos vendo o desmonte do Estado brasileiro que foi montado desde a era getulista, com a retirada avassaladora de direitos em tudo que é âmbito e, principalmente, daqueles ativos tão importantes que estão sendo liquidados somente para resolver rombos fiscais. Mas Temer está à disposição do mercado. Então, o que o mercado decidir que ele vai fazer, ele fará, mesmo que isso signifique acabar com grandes conquistas, como a Previdência”, afirmou.

Na última quarta-feira (22), Temer promoveu um de seus “regabofes” para tentar convencer sua base de que uma proposta mais “enxuta” poderia acabar com a resistência da população matéria. No entanto, a proposta parece não ter colado. Temer esperava reunir, aproximadamente, 300 parlamentares, mas a boca livre contou com cerca de 100, segundo presentes ao jantar – apesar de que, oficialmente, o Planalto divulgou a presença de 200 parlamentares.

A ideia era medir o apoio que Temer teria à matéria, mas demonstrou, mais uma vez, que o Planalto está longe de obter os 308 votos necessários para aprovar uma emenda constitucional.

“Eu não acredito que esse governo tenha força para impor essa reforma. E não pela vontade política desses deputados e de Temer, mas pelo desgaste desses deputados após terem livrado Temer das denúncias. Eles não vão querer levar nas costas mais esse peso, mais essa liquidação de direitos”, disse Luciana Santos.

Para ela, o fator urna pesará muito na decisão prevista, inicialmente, para ser tomada no dia 6 de dezembro.

Por Christiane Peres, Portal Vermelho