Luciana Santos repudia crimes de intolerância contra população trans
A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, lamentou, via redes sociais, nesta sexta-feira (9), a morte de Roberta da Silva, mulher trans de 32 anos que teve 40% do seu corpo queimado. A dirigente ressaltou a necessidade de se combater o preconceito e os crimes transfóbicos.
A jovem — que passou por mais de 15 cirurgias — vivia em situação de rua no Recife e estava internada em estado grave desde o dia 24 de junho, após ser vítima do ataque de um adolescente que jogou álcool e lhe ateou fogo enquanto ela dormia próximo a um terminal de ônibus.
“Roberta da Silva, mulher trans que teve seu corpo queimado, vítima de transfobia, não resistiu e faleceu. Recebi essa notícia com profunda tristeza. Crimes contra a vida são intoleráveis. Quando motivados pelo ódio e pela discriminação são ainda mais repugnantes”, colocou Luciana.
A vice-governadora manifestou seu pesar à família de Roberta e destacou: “É urgente pararmos essa escalada de intolerância e violência, uma luta que é de todos que defendemos os direitos humanos e um mundo de igualdade. O Governo de Pernambuco segue empenhado e vamos trabalhar sempre para que ninguém se sinta ameaçado por ser quem é”.
O combate aos crimes de intolerância ligados à questão de gênero e sexualidade foi tema de reunião do programa estadual Pacto pela Vida, da qual a vice-governadora participou nesta quinta-feira (8), quando os ataques a Roberta e a outras vítimas foi abordado. “Falamos muito sobre os recentes crimes cometidos contra mulheres trans em nosso estado. Vergonhosamente, o Brasil lidera o lista dos países com mais casos de assassinatos de pessoas trans. Isso é inaceitável. Não podemos tolerar essa situação”, declarou.
Em Pernambuco, disse Luciana, “além de agir com rigor na apuração dos casos de violência contra Roberta, Pérola e Fabiana, criamos um grupo de trabalho — do qual eu faço parte —, para construir, com os movimentos sociais, políticas transversais que ofereçam oportunidades e garantam os direitos à população LGBTQIA+”.
Luiana disse ainda esperar que “possamos, juntos, combater essa cultura de ódio e construir um ambiente de inclusão e respeito, de valorização da vida, da diversidade e dos direitos humanos”.
Por Priscila Lobregatte