A desastrosa política econômica do governo Bolsonaro motivou manifestação da presidenta do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos. Pelas redes sociais, ela abordou a alta da inflação, que corrói o poder de compra da população prejudicando especialmente as camadas mais vulneráveis, o preço da gasolina e a reação dos governadores desmentindo o presidente sobre os impostos que incidem sobre os combustíveis.

“A inflação do Brasil deve ser a terceira maior, perdendo só para Argentina e Turquia, entre países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A projeção diz muito sobre o buraco em que Bolsonaro e Guedes nos meteram”, comentou Luciana nesta quarta-feira (22). A dirigente destacou ainda que “não adianta querer se eximir da culpa. A gestão Bolsonaro destruiu o poder de compra do povo. A quem serve esse governo?”.

Conforme noticiado nesta terça-feira (21), a OCDE estima em 7,2% o aumento no índice de preços no Brasil. Dentre os países do G20, a projeção é de 3,7% e de 3,6% nos EUA.

Alta nos combustíveis

Em outra postagem, feita nesta terça-feira (21), Luciana colocou: “o preço médio do litro da gasolina subiu pela sétima semana consecutiva e chegou a bater R$ 7,19 em alguns postos. A política de preços é responsabilidade do Governo Federal e o principal motivo da alta nos preços dos combustíveis, de acordo com especialistas, é a desvalorização do real frente ao dólar”.

Luciana lembrou que em nota, governadores de 20 estados — dentre os quais, Paulo Câmara, de Pernambuco — reafirmaram que, embora o preço do combustível tenha registrado aumento superior a 40% nos últimos 12 meses, “nenhum estado aumentou, nesse período, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um dos tributos que incidem sobre a gasolina e ressaltam que ‘falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema’”.

A vice-governadora acrescentou que “o povo brasileiro não precisa de mais falácias, merece um presidente que respeite o povo e trabalhe para oferecer soluções aos seus problemas”.

A reação dos governadores é resultado das constantes acusações feitas por Bolsonaro de que seria dos mandatários a responsabilidade pelos constantes aumentos nos combustíveis. Somente no mês de agosto, o preço da gasolina avançou 0,87%, a maior taxa em 21 anos.

 

Por Priscila Lobregatte

Com agências