A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, homenageou a artista plástica Tereza Costa Rêgo, nesta segunda-feira (26), data em que se completou um ano de seu falecimento.

Em vídeo divulgado pelas redes sociais, Luciana destacou que a pernambucana Tereza Costa Rêgo “inspirou e inspira gerações, pelo seu exemplo, pela sua garra, pelo discernimento que lhe moveu durante toda a sua trajetória de vida, uma trajetória dedicada às paixões, a paixão pela luta política, as convicções que sempre lhe moveram em defesa do socialismo e de um mundo justo e o talento de retratar a história do nosso povo, o que ela sempre fez tão bem”.

Luciana completou dizendo: “Que você possa estar sempre na nossa memória, no nosso coração, na nossa afetividade como alguém que, embora nã esteja mais fisicamente entre nós, está presente na alma, no espírito e no exemplo de vida. Viva Tereza!”.

Tereza Vive

Para homenagear Tereza Costa Rêgo e divulgar a beleza de sua arte, foi realizada nesta segunda-feira (26) uma uma ação de ocupação visual intitulada “Tereza Vive”, que projetou obras e textos da artista plástica em prédios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Olinda.

A iniciativa foi organizada numa parceria da família de Tereza com o Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa e o grupo Projetemos, que usa projeções para disseminar arte, informação política e tecnologia.

Nas imagens que tomaram as ruas do país, quadros de Tereza ganharam escalas gigantescas, ampliando o conceito muralista de seus trabalhos, agora em suporte digital.

Entre as obras de Tereza Costa Rêgo — amante da cultura, defensora da democracia e da arte para o povo —, destacam-se as que compõem a séries Sete Luas de Sangue e O Imaginário do Bordel, além dos painéis Apocalipse de Tereza e Mulheres de Tejucupapo.

Quem foi Tereza

Tereza Costa Rêgo nasceu em 1929, numa família tradicional pernambucana, batizada como Terezinha. Começou a pintar ainda criança e ingressou na Escola de Belas Artes com apenas 15 anos. Casou-se e teve duas filhas.

Seu segundo casamento foi com Diógenes Arruda, dirigente do Partido Comunista, em plena ditadura militar – o que a levou a sair do país, exilando-se no Chile e em Paris. Por causa do romance, enfrentou o conservadorismo da época. Tereza cursou História na USP e fez mestrado na mesma área na Sorbonne. Durante o tempo de clandestinidade, assinava seus quadros como Joanna.

Pouco após o retorno ao Brasil com a anistia, em 1979, Diógenes sofreu uma parada cardíaca, durante evento que marcava a volta de outros exilados ao país, e morreu.

Ao reorganizar a vida, a artista instalou-se em uma casa em Olinda, passou a assinar suas obras como Tereza e firmou-se como nome de destaque na pintura pernambucana e brasileira. A passagem pela Oficina Guaianases de Gravura e pelas Brigadas Portinari, assim como seus estudos sobre a história do povo brasileiro, marcaram definitivamente sua pintura de cores quentes, que foi ganhando camadas e grandes proporções.

Tereza foi diretora do Museu Regional e, por 12 anos, do Museu do Estado de Pernambuco. Expôs seu trabalho em diversas cidades, dentro e fora do país, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa, Paris e Havana. Faleceu em 2020, aos 91 anos, vítima de um AVC.

Para conhecer melhor o trabalho da artista, acesse: as redes @terezacostaregooficial e site www.terezacostarego.com.br

(PL)