A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, se pronunciou pelas redes sociais, nesta sábado (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, sobre a luta contra essa chaga que atinge milhões de crianças no Brasil e no mundo.

“Neste ano, nossa preocupação se amplia porque após quase duas décadas em queda, a exploração de crianças e adolescentes torna a aumentar em consequência da pandemia”, advertiu Luciana.

A dirigente lembrou que segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), são 160 milhões de crianças nessa situação em todo o mundo, uma alta de 8,4 milhões nos últimos quatro anos. “E no Brasil essa realidade cruel tem uma cor: 66% dos trabalhadores infantis são negros: pretos ou pardos”, salientou Luciana.

De acordo com dados do IBGE, o Brasil tem 1,8 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil, dos quais 46% (706 mil) têm ocupações consideradas bastante nocivas. Segundo noticiou a revista Época, o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Justiça do Trabalho, o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimam que “o contexto da pandemia de Covid-19 e o aumento de desigualdades sociais pode resultar em mais 300 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil”.

A presidenta lembrou, ainda, de seu trabalho como relatora da CPI do Trabalho em 2014, quando era deputada federal. “Foi um trabalho relevante no sentido de identificar os principais fatores que contribuem para o trabalho infantil e apontar medidas que ajudem a combater essa mazela social”, destacou.

Luciana alertou que “diante desse cenário, é preciso redobrar os esforços no sentido de livrar nossa infância da prática abominável do trabalho degradante e firmarmos um pacto em todas as esferas do poder público e sociedade civil que possa garantir educação integral, formação adequada, estrutura social e familiar que permita o crescimento sadio e o cultivo de sonhos e esperanças das nossas crianças”.

 

Para ver o relatório final da CPI do Trabalho Infantil, clique aqui.

 

Por Priscila Lobregatte