O sumiço do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira e a postura das autoridades brasileiras diante do caso foram tema de manifestação da presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, pelas redes sociais.

Luciana cobrou medidas efetivas para que seja elucidado o paradeiro de Philips e Pereira, desaparecidos desde domingo (5), na Amazônia. “Onde estão o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira? O que o Estado brasileiro está fazendo para encontrá-los? Eles desapareceram no Vale do Javari, Amazonas, após sofrerem ameaças por denunciarem invasões a territórios indígenas. As autoridades precisam agir”, enfatizou, pelas redes sociais, nesta terça-feira (7).

Conforme noticiado na manhã desta quarta-feira (8), a Polícia Militar no Amazonas prendeu um suspeito de envolvimento no desaparecimento. Além disso, outras cinco pessoas prestaram depoimento. Nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro tratou com descaso o desaparecimento, declarando que ambos teriam empreendido uma “aventura que não é recomendável”.

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Ao mesmo tempo, causou indignação a posição adotada pelo Comando Militar da Amazônia do Exército que, em nota emitida na noite de segunda-feira (6), reagiu de maneira burocrática à urgência do caso. O documento diz que o CMA “está em condições de cumprir missão humanitária de busca e salvamento, como tem feito ao longo de sua história”, porém acrescenta que “as ações serão iniciadas mediante acionamento por parte do Escalão Superior”.

Diante da repercussão negativa, horas depois o CMA disse, também por meio de nota, que “desencadeou uma operação de busca na região de Atalaia do Norte (AM), empregando uma equipe de militares combatentes de selva, utilizando a embarcação Lancha Guardian”.

Por Priscila Lobregatte