No dia 24 de fevereiro de 1932, o Código Eleitoral, instituído por meio do decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, passou a assegurar às mulheres brasileiras o direito ao voto. Há apenas 89 anos, elas sequer participavam da vida política do país, uma vez que eram proibidas de votar. A data foi lembrada por lideranças do PCdoB que se manifestaram através das redes sociais.

De acordo com a secretária nacional da mulher do PCdoB e ex-senadora, Vanessa Graziottin, “hoje, 24 de fevereiro, celebramos a conquista do voto feminino no Brasil. São apenas 89 anos que mulheres podem votar e serem votadas no Brasil. Foram muitas mobilizações e lutas para garantir este direito às mulheres”.

Vanessa enfatizou ainda que o Código Eleitoral que passou a assegurar o voto feminino é de 1932, antes disso o direito ao voto era reservado somente às mulheres casadas, com autorização dos maridos e às viúvas e solteiras que tivessem renda própria. Segundo Vanessa, “essas limitações só deixaram de existir em 1934, quando passou a ser previsto na Constituição Federal.”

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) também recordou a data: “Você sabia que no Brasil as mulheres só conquistaram o direito de votar em 1932? São apenas 89 anos! Essa história de luta é contada no livro, ‘O Voto Feminino no Brasil’ que pode ser baixado de graça no site da Câmara!”

Para Julieta Palmeira, secretária de políticas para as mulheres da Bahia e integrante do Comitê Central do PCdoB em “89 anos da conquista do voto feminino no Brasil ainda se mantém a sub representação das mulheres no legislativo e no executivo, fato que fragiliza ainda mais a democracia brasileira, uma vez que as mulheres são maioria da população, maioria do eleitorado e minoria política.”

E indaga: “a Bahia nunca teve uma governadora e em 471 anos de Salvador somente uma prefeita. Da pra ver que tem algo desigual. Você já se perguntou porque, em tantos séculos,  nenhuma mulher foi eleita para essas funções?”.

Vanessa finalizou dizendo que “o dia [de hoje] tem que servir como reflexão, pois ainda temos um longo caminho pela frente. Precisamos acabar com a sub representação feminina nos espaços de poder, principalmente no legislativo e executivo. A luta pelos direitos da mulher é de todas e de todos.”

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Barbara Luzan com informações das redes sociais