O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou pela primeira vez após a condenação feita pelo juiz Sérgio Moro, no diretório nacional do PT nesta quinta-feira (13). A vice-líder do PCdoB na Câmara Jandira Feghari (PCdoB-RJ) estava presente.

Lula falou das eleições presidenciais de 2018. “Estou vivo e estou preparando para voltar a ser candidato para a presidência desse país. Eu nunca tive tanta vontade como tenho agora, vontade de fazer mais, vontade de fazer melhor e provar mais uma vez que se a elite brasileira não tem competência para consertar este país, o metalúrgico vai provar que é possível consertar o Brasil”

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) se manifestou indignado após a condenação do ex-presidente. “O “crime” cometido por Lula foi dar altivez ao Brasil na cena mundial; foi tirar 40 milhões de almas da miséria, que agora volta a espreitá-las; foi garantir o pleno emprego, que agora se transmuta em 14 milhões de desempregados; foi garantir aumento real do salário mínimo, que agora se vê corroído pelo criminoso corte de recursos. O “crime” de Lula foi fazer o Brasil se reconhecer a si mesmo: fazer o povo se orgulhar de ser povo, o trabalhador se orgulhar de ser trabalhador.”, declarou Orlando.

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) também se pronunciou sobre o ocorrido. “Falo que não há provas consistentes para condenar o presidente Lula depois de ler a sentença inteira. Creio que será reformada nos Tribunais. Lembro que, por força do princípio da presunção de inocência previsto na Constituição, provas tem que ser consistentes para haver condenação.”

Durante o discurso, o ex-presidente declarou que prefere ser atropelado do que mentir para o povo. “Em meu nome, em nome do meu partido, dos movimentos sociais, em nome dos partidos que estão solidários, como o PCdoB, em nome do governo sindical e dos nossos irmãos. Se um dia eu tiver que mentir para vocês, eu prefiro que um ônibus me atropele em qualquer rua desse país”