O pré-candidato ao governo de Minas Gerais e ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) e Lula

O pré-candidato ao governo de Minas Gerais e ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), oficializou na quinta-feira (19) a aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa eleitoral do estado.

Os dois partidos chegaram a um acordo após o PT retirar a candidatura ao Senado de seu líder na Câmara, Reginaldo Lopes. Em troca, vão poder indicar quem será o vice na chapa do ex-prefeito.

O nome de quem assumirá esse posto ainda não está decidido. Quem era cotado para ser vice de Kalil era o presidente da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), Agostinho Patrus, do mesmo partido do pré-candidato. Segundo Kalil, a definição do novo vice virá do deputado federal e estadual, mas precisará ser aprovada por ele.

Kalil usou suas redes para anunciar o acordo com o PT e compartilhou um vídeo com um jingle feito para a aliança com o ex-presidente.

“Em Minas é Lula e Kalil”, escreveu.

 

O impasse para formar um palanque entre Kalil e Lula acontecia porque ambos os partidos queriam manter seus candidatos ao Senado. Enquanto PT queria lançar Reginaldo, o PSD defendia ter o senador Alexandre Silveira para concorrer à reeleição.

O obstáculo foi resolvido na semana passada após uma reunião de Lula com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), Reginaldo e lideranças do PSD. Além do PT e PSD, a aliança de Kalil para disputar a eleição contará também com o PCdoB e PV, que formam federação com o PT. PSB e Rede também negociam participar do bloco.

Segundo o PSD, há ainda articulações para o apoio do MDB e do União Brasil.

Apoio

Pesquisas mostram que, quando o nome de Kalil é associado a Lula, suas intenções de voto disparam para o governo de Minas Gerais. O ex-prefeito de Belo Horizonte já afirmou, inclusive, que votará no petista para a presidência “com ou sem aliança”.

O apoio de Lula provoca a mudança no cenário das eleições do governo de Minas. Segundo a pesquisa Genial/ Quaest, Kalil obtém 43% das intenções de voto se for apoiado pelo candidato do PT à presidência da República.

O levantamento da Genial/Quaest também consultou os eleitores sobre a interferência de Felipe d’Ávila, candidato à presidência pelo Novo, na candidatura de Zema à reeleição. Para 22% dos entrevistados, o atual governador tem a preferência com o apoio de D’Ávila.