Nesta quarta-feira (21), aconteceu na Câmara dos Deputados, o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Distribuidoras de Energia Elétrica, ameaçadas pelo pacote de privatizações do governo Michel Temer. Os parlamentares do PCdoB estiveram presentes e repudiaram a decisão do governo em privatizar a Eletrobras e defenderam a importância da criação da Frente.

Os trabalhadores do sistema Eletrobras também participaram da atividade. Durante o ato, foi apresentado um requerimento com 260 assinaturas do Projeto de Decreto Legislativo originário do Senado, que condiciona a privatização da estatal a referendo popular.

A presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), aproveitou a ocasião para informar que ingressou com uma ação popular para impedir a venda das seis distribuidoras da Eletrobras.

“Os golpistas estão entregues ao rentismo, e é importante olharmos essa questão de forma mais ampla. Esta é uma grande e orquestrada estratégia para fragilizar a Eletrobras. É uma ameaça à soberania nacional e ao povo. As distribuidoras abastecem algumas das regiões mais pobres do país, regiões que dependem de um conjunto de políticas públicas adequadas à diversidade e oportunidades locais”, explicou Luciana.

A deputada federal, Jô Moraes (PCdoB-MG) ressaltou que deputados de diferentes partidos, incluindo os da base governista, reagiram contra a privatização da estatal, pois estão compreendendo a ameaça para a soberania nacional que representa a entrega da Eletrobras.

Desmonte do Estado brasileiro

Jô Moraes afirmou que o governo Temer está desmontando “tudo aquilo que nossa gente construiu com muito sacrifício e luta”, segundo ela, o desmonte do Estado brasileiro está sendo tramado a cada dia por este governo ilegítimo.

“Eletrobras, Petrobras, Embraer, foram empresas que mostraram a capacidade criativa do povo brasileiro e estão sendo entregues. Este país é nosso, não vamos deixar vender o Brasil”, pontuou a deputada mineira.

“O governo Temer está desconstruindo qualquer projeto sério de Nação. Por isso o coração e a consciência dos que estão aqui já dizem: Este País é nosso, quem não tiver compromisso com ele que vá embora para bem longe. O Brasil não está à venda”, disse Jô Moraes.

No mesmo tom, a líder do PCdoB no Senado, Vanessa Grazziotin (AM) disse que “estamos vivendo um massacre”, promovido pelo golpe, que envolveu parte do Parlamento, empresariado brasileiro e parte do Judiciário.

“Este golpe não ocorreu e nem findou em 2016, pelo contrário, o que eles estão fazendo gradativamente de lá para cá, é consumar as razões do golpe, que é a desestruturação do Estado brasileiro”, denunciou a senadora.

O ato foi coordenado pelos deputados Moisés Diniz (PCdoB-AC) e Paulo Fernando (PT-AL), mais conhecido como “Paulão”.