O deputado federal André Janones (Avante-MG) e Lula

O deputado federal André Janones (Avante-MG) denunciou que Jair Bolsonaro só está pagando o auxílio emergencial para tentar ganhar votos nas eleições, mas que a própria lei aponta seu fim em dezembro.

Lula (PT) disse que vai manter o pagamento “enquanto houver fome no Brasil”.

Em uma transmissão ao vivo, Janones mostrou que o texto que elevou o pagamento do Auxílio Brasil para R$ 600 somente até dezembro. “A lei fala aqui ‘um auxílio devido ao estado de emergência pelo qual nosso país passa’ até dezembro”, disse o deputado.

“Na previsão orçamentária do ano que vem, não tem previsão de pagamento de auxílio emergencial. Então, se Bolsonaro vencer as eleições, a partir de 1º de janeiro de 2023, não existe mais auxílio emergencial no Brasil. Isso é fato indiscutível”.

O ex-presidente Lula, que também participou da live, também disse que “está na lei que aprovou o auxílio emergencial o fim dele em dezembro. Está na lei”.

André Janones ainda informou que em seu acordo para apoiar Lula nas eleições foi confirmado que o valor deverá ser mantido no próximo governo.

“Não existe autoridade maior para falar sobre povo, sobre enfrentar a miséria de frente do que Lula. É fato indiscutível que ele foi quem assumiu o compromisso com o povo brasileiro de continuar o auxílio emergencial de forma permanente”, apontou.

“Bolsonaro quer acabar com o auxílio, mas o Lula não vai deixar!”, afirmou o parlamentar.

Lula acrescentou que “o auxílio só pode acabar quando acabar a fome e a miséria do povo”.

“Enquanto não acabar a miséria e a fome nesse país, não tem como acabar com o auxílio emergencial. Não existe possibilidade. Você pode criar uma convulsão se você for tirar o pouquinho de possibilidade que o povo tem”, afirmou.

Se o Bolsonaro “quisesse que continuasse, ele não teria feito só até dezembro, teria feito sem dia para acabar ou que iria acabando na medida em que as pessoas vão arrumando emprego e melhorando de vida”, afirmou Lula.

“Não há como acabar com o auxílio emergencial sem que a gente recupere a economia brasileira, sem que gere emprego, sem que resolva o problema da fome que tomou conta do nosso país e envolve 33 milhões de pessoas ou 105 milhões que estão com algum problema de insegurança alimentar”, concluiu.