Foto: Sergio Moro ministro da justiça

Bolsonaro respondeu a um internauta que lhe pediu para cuidar bem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
“Jair Messias Bolsonaro cuide bem do ministro Moro, você sabe que votamos em um governo composto por você, ele e o Paulo Guedes”, escreveu o internauta identificado como Bunny Sam na página oficial dele no Facebook.
Bolsonaro respondeu que “com todo respeito a ele, mas não esteve comigo durante a campanha, até que, como juiz, não poderia”.
Quando nomeou Moro como ministro da Justiça e Segurança Pública, Bolsonaro disse que ele teria “carta branca” para atuar, mas tem esvaziado cada vez mais seu ministério e restringido suas ações.
Jair Bolsonaro foi contra qualquer movimentação para manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que flagrou as movimentações milionárias nas contas de Flávio Bolsonaro e seu motorista Fabrício Queiroz, no Ministério da Justiça.
E o colocou no Banco Central, chefiado por Roberto Campos Neto. O Coaf se chama agora Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e Roberto Liáo foi nomeado para dirigir o órgão.
Jair Bolsonaro também impediu que Moro nomeasse a ativista Ilona Szabó de Carvalho para a suplência do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Quando da edição e publicação dos decretos que liberaram a posse e o porte de armas de fogo, as ponderações e sugestões de Moro foram ignoradas por Bolsonaro, que articulou tudo com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Ao ameaçar demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, Bolsonaro disse que “se eu trocar (o diretor-geral) hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sérgio Moro. E ponto final”.
Valeixo assumiu em janeiro a direção da PF nomeado por Moro. “Ele (o diretor-geral) é subordinado a mim, não ao ministro. Deixo bem claro isso aí. Eu é que indico. Está bem claro na lei”, completou.