A health official and a volunteer (R) take part in dry run or a mock drill for Covid-19 coronavirus vaccine delivery at a health center in New Delhi on January 2, 2021. (Photo by Prakash SINGH / AFP)

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou no sábado (9) que o país começará a campanha de vacinação contra a Covid-19 no próximo dia 16.

Será uma das maiores campanhas de vacinação do mundo, com o objetivo de imunizar 300 milhões de pessoas antes de julho, incluindo agentes de saúde, policiais e pessoas mais vulneráveis devido à sua idade ou outras doenças.

As autoridades de saúde do país deram autorização para uso emergencial de duas vacinas, a Covaxin, da indiana Bharat Biotech em colaboração com o Instituto Nacional de Virologia e o Conselho Indiano de Pesquisa Médica, e a Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

A vacina será gratuita para toda a população deste país de mais de 1,3 bilhão de habitantes. A Índia é o segundo país mais afetado – depois dos Estados Unidos – pela Covid-19, com mais de 10 milhões de casos detectados, enquanto a taxa de mortalidade é uma das mais baixas do mundo.

Modi saudou a aprovação das duas vacinas. “Todos os indianos ficariam orgulhosos de que as duas vacinas que receberam a aprovação para uso de emergência sejam feitas na Índia!”, escreveu no Twitter, classificando as aprovações como um sinal de um país “autossuficiente”.

O Instituto Serum da Índia, a maior fabricante mundial de vacinas, foi contratado pela AstraZeneca para produzir um bilhão de doses para nações em desenvolvimento, incluindo a Índia.

Mais de 150.000 pessoas foram treinadas em 700 distritos e a logística incluirá 290.000 pontos de armazenamento para as doses em temperaturas controladas.

Pouco mais de 300 câmaras frigoríficas, 70 delas a temperaturas negativas, e outros 45.000 congeladores estão prontos para garantir o transporte e conservação das doses.

Nas últimas semanas, o número de novos casos detectados diariamente tem diminuído consideravelmente no país asiático.