Luciana Santos, presidente do PCdoB e ministra da Ciência e Tecnologia | Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a CNN e a Folha de S.Paulo, destacaram grandes lideranças femininas que estão à frente de 5 dos 31 partidos políticos brasileiros.

Dentre os nomes citados está o de Luciana Santos, presidente do Partido Comunista do Brasil e atual ministra da Ciência e Tecnologia. O PCdoB conta também com duas vice-presidentas: a deputada federal Jandira Feghali (RJ), que também é a Líder do PCdoB na Câmara, e a ex-deputada Manuela d’Ávila, do Rio Grande do Sul.

Além disso, a atual bancada na Câmara dos Deputados conta com sete deputados (6 eleitos e um suplente). Destes, três são mulheres (Alice Portugal, Daiana Santos e Jandira Feghali). O resultado alcançado pelo PCdoB reflete um compromisso antigo do partido com a emancipação das mulheres e com a luta contra o machismo e pela igualdade de gênero em todas as esferas.

Representatividade

Vale ressaltar que o PCdoB tem diversas mulheres ocupando funções e cargos estratégicos, tanto nas instâncias partidárias quanto em governos, parlamentos e movimentos sociais. Esse resultado reflete um compromisso antigo do partido com a emancipação das mulheres, na luta contra o machismo e pela igualdade de gênero em todas as esferas.

Na entrevista à Folha, Luciana lembra que, atualmente, são quatro estados em que o partido é presidido por mulheres: Paraíba, com Gregória Benário; Amapá, com nossa ex-deputada Marcivânia Flexa; Roraima, com a Tatiane Cassiano; e Mato Grosso do Sul, com a Iara Gutierrez. “Mas ter mulheres na presidência do partido não é uma novidade para o PCdoB.”, disse.

Políticas de incentivo

Luciana também disse durante entrevista que “além de uma dinâmica interna e cotidiana que privilegia e incentiva a participação das mulheres no cotidiano, nas eleições procuramos ultrapassar a cota estabelecida pela legislação eleitoral. Nossas candidatas têm acompanhamento e apoio específico por parte da Secretaria de Mulheres e, entre outras ações, realizamos cursos e seminários de formação, prestação de contas, comunicação para garantir apoio em todas as áreas que identificamos como mais difíceis para as campanhas delas”.

Em 2022, cerca de 45% dos candidatos lançados pelo partido foram mulheres, o segundo melhor desempenho entre as legendas brasileiras.

Secretaria Nacional da Mulher do PCdoB

A “Secretaria Nacional da Mulher” foi criada pelo PCdoB para tratar de temas diretamente relacionados às mulheres e esse exemplo segue em todas as direções do Partido nos estados e municípios. Para manter a militância atualizada, a secretaria conta com um site com notícias, documentos e arquivos que se comunica com o público feminino sobre os mais diversos assuntos voltados a elas.

Além de debates, a secretaria promove cursos de formação política e eleitoral que incentivam as filiadas a se candidatarem e oferece as mesmas oportunidades às mulheres cis e mulheres trans.

O Partido tem ainda um Fórum Permanente sobre a Emancipação da Mulher, composto por mulheres e homens dirigentes e quadros partidários que debatem temas sobre a mulher na política. A 3ª Conferência Nacional do PCdoB Sobre a Emancipação da Mulher, ocorreu em 21 de janeiro de 2021. Na qual foi aprovado um manifesto pela emancipação do feminismo popular.

Já o mais recente documento do PCdoB, aprovado em 30 de julho de 2021, pelo Comitê Central, intitulado Diretrizes para uma plataforma emergencial de reconstrução nacional, trata, em seu artigo 10º, a plataforma de “Lutar pela emancipação da mulher, combater o racismo estrutural e contra todas as formas de preconceito”.

Segundo essa diretriz, “a emancipação das mulheres, o combate e a desconstrução do racismo, a luta contra a homofobia, a defesa da liberdade de religião são condições para o avanço civilizatório e a constituição de uma sociedade verdadeiramente democrática e humanista. E o PCdoB está empenhado nessa luta desde sempre. Salário igual para trabalho igual é uma bandeira a ser implementada de imediato (…) Combater todas as formas de preconceito e discriminação, remover os obstáculos à integração com igualdade de oportunidades é desafio de todos”.

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