Um dos locais de homenagens às 2.977 vítimas dos atentados no World Trade Center

Familiares e autoridades dos Estados Unidos realizaram, na manhã de sábado (11), um ato em homenagem às vítimas dos atentados contra as Torres Gêmeas, em Nova Iorque, vinte anos depois que aviões se chocaram contra o World Trade Center e o Pentágono, em Washington, provocando a morte de 2.977 pessoas.

Um minuto de silêncio foi observado às 8h46 (9h46 de Brasília) no memorial de Manhattan, onde ficavam as torres. Depois desse momento, Mike Low, pai de uma das assistentes de bordo do primeiro avião sequestrado que atingiu uma das torres, fez um breve discurso marcando o início da leitura dos nomes das pessoas que tiveram suas vidas perdidas em 11 de setembro de 2001.

“À medida que recitamos os nomes daqueles que perdemos, a nossa memória remonta àquele dia terrível, quando sentimos que um espectro maligno tinha descido sobre o mundo, mas também foi uma época em que muitas pessoas agiram além do comum”, disse Low.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, presidiu a homenagem aos mortos no “Marco Zero”, ao lado de antecessores, incluindo Barack Obama e Bill Clinton. Sem discursar, Biden esteve presente nos três locais associados aos ataques, Manhattan; Arlington, Virgínia; e Shanksville, Pensilvânia, onde o vôo 93 da United Airlines caiu depois que os passageiros tentaram recuperar o controle do avião sequestrado.

Em um vídeo postado na sexta-feira (10), o presidente pediu “unidade” assinalando: “Para mim é a principal lição do 11 de setembro. No momento de maior vulnerabilidade, (…) a unidade é a nossa maior força”.

Outros minutos de silêncio ocorreram às 9h03, quando o vôo 175 se chocou contra os andares 77 e 85 da Torre Sul e às 10h28, quando a Torre Norte desabou.

Logo após o segundo minuto de silêncio, o cantor Bruce Springsteen se apresentou no Marco Zero entoando a canção “Te vejo em meus sonhos”. Outras apresentações musicais marcaram o evento.

Ataques às Torres Gêmeas viraram pretexto para EUA invadir países

A dita “guerra ao terror” proclamada por Washington sob W. Bush não passou de pretexto para invasão e ocupação de países e perpetração de crimes de guerra e roubo de petróleo.

O projeto Cost of War, da Brown University, apontou recentemente que os Estados Unidos aplicam iniciativas do que apelidam de “antiterrorismo” em 85 países.

Segundo a equipe do projeto, de mais de 50 pesquisadores, juristas e ativistas de direitos humanos, levantou vários números sobre essa chamada “guerra ao terror” desatada pelos EUA: quase 930.000 pessoas foram mortas diretamente em combate, e destas, cerca de 400.000 delas eram civis.

A invasão e ocupação do Afeganistão por 20 anos para supostamente encontrar e prender Osama bin Laden revelou-se um fracasso total em alcançar esses objetivos e tornou-se palco de crimes de guerra, com morticínio de civis, destruição do estado afegão e da economia e proliferação da produção de drogas durante a ocupação. E bin Laden só foi encontrado, e executado extrajudicialmente, em maio de 2011, no Paquistão.

A guerra ao Iraque, iniciada em 20 de março de 2003, também foi declarada com base em mentiras e sob o pretexto de “guerra ao terrorismo” e por suposta posse de “armas de destruição em massa” pelo governo de Sadam Hussein. As tais armas nunca foram encontradas, porque nunca existiram. Bem como não havia terroristas no país durante o governo de Sadam. Pelo contrário, a ocupação dos EUA é que levou o terror para dentro das fronteiras iraquianas.

A partir de 2011 o governo Obama comandou a Otan para destruir a Líbia e instigar a morte de líder Kadafi por linchamento. Destruído o estado nacional líbio, o território tornou-se viveiro de grupos terroristas e parte deles foi em seguida sustentar a guerra contra o governo da Síria, que até hoje não foi ainda completamente resolvida.