Bagdá sob ataque dos EUA em 21 de março de 2003 na operação que denominou de Choque e Pavor

Em documento recém-lançado em que refuta mentiras proferidas em discurso do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sobre a “ameaça da China à ordem internacional”, Pequim relembrou a Washington que, só desde 2001, “as guerras e operações militares dos EUA em nome do contraterrorismo mataram mais de 900.000 pessoas, das quais cerca de 335.000 eram civis, feriram milhões e deslocaram dezenas de milhões”.

Sem falar nos mortos do Vietnã ou da Coreia. Ainda, que ao longo dos mais de 240 anos de história dos EUA, “houve apenas 16 anos em que os EUA não estiveram em guerra”.

Registre-se que há fontes que apontam para números de mortos ainda maiores do que os citados.

Esses “900.000 mortos” nas guerras desencadeadas por Washington só nas últimas duas décadas já haviam sido salientados em postagens do porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, em que este respondia às insinuações de Washington sobre a posição da China em relação ao conflito na Ucrânia. Com Pequim trabalhando por uma solução diplomática e recusando sanções contra a Rússia, enquanto os EUA têm entupido o regime de Kiev com armas e dinheiro – isso, depois de ter insuflado o golpe de estado de 2014 com ajuda dos neonazis e de ter levado a região a um impasse ao buscar anexar à Otan a ex-república soviética uma cabeça de praia antirússia.

Em outras publicações, o porta-voz chinês acusou o governo Biden de “diplomacia coerciva” e de gastar mais recursos no conflito na Ucrânia do que em programas de apoio à Associação das Nações do Sudeste Asiático. (Mais cínico, Obama chamava isso de “torcer o braço”).

Uma das postagens de Zhao de maior repercussão é uma comparação com gráficos, na qual ele mostra que em 400 anos, a população indígena americana nos Estados Unidos passou de 5 milhões para 250.000 [encolheu para só 5% da população original], enquanto a população Uighur passou de 3,6 milhões em 1950 para 11,6 milhões em 2020 [ou seja, triplicou].

Números que por si só são eloquentes quanto a quem é que perseguiu suas minorias nacionais ou povos originários e quem protegeu; e quanto à hipocrisia de Washington e sua campanha de mentiras contra a China e sua região autônoma Uighur, Xinjiang.