Na sexta-feira (11), a direção da Petrobrás anunciou que formalizou a venda dos campos terrestres de petróleo e gás do Polo Lagoa Parda, no Estado do Espírito Santo, para a Imetame Energia, por US$ 9,3 milhões. O valor será pago em duas parcelas.
A operação faz parte do plano de desmonte da Petrobrás, através da política de “desinvestimento”, cujo objetivo do governo Bolsonaro é acelerar a privatização dos ativos da estatal – subsidiárias, refinarias e campos de petróleo e gás.
O governo colocou à venda 27 campos terrestres de produção e exploração de petróleo no Espírito Santo.
O Polo Lagoa Parda, que compreende três concessões terrestres (blocos: Lagoa Parda, Lagoa Parda Norte e Lagoa Piabanha) tem uma produção média atual de aproximadamente 300 barris de óleo por dia e 5,5 mil m³/dia de gás. A Petrobrás é operadora com 100% de participação nos três campos.
A Imetame é operadora nos blocos e campos terrestres de bacias sedimentares: Recôncavo (BA), Potiguar (RN), Espírito Santo (ES) e São Francisco (MG).
Na quinta-feira (10 de outubro), o governo entregou 12 blocos de petróleo e gás para às multinacionais, por R$ 8,9 bilhões, através da 16ª rodada de leilão no pós-sal em regime de concessão – onde as empresas são donas de todo o petróleo retirado, por 27 anos. Destes blocos, 10 são áreas da Bacia de Campos. A Petrobrás participou apenas em um bloco na Bacia de Campos e em consórcio com a britânica BP Energy.
A americana Chevron levou cinco áreas, todas em parcerias distintas, com a Repsol, Shell, QPI e Wintershall. A espanhola Repsol arrematou quatro blocos, sozinha ou em consórcio. Arrecadaram blocos, em consórcio, a BP Energy, ExxonMobil, Chevron e Petronas.
Nos dia 6 e 7 de novembro, o governo pretende promover mais dois leilões. No primeiro dia, serão ofertados blocos que correspondem ao excedente de petróleo da Cessão Onerosa da Petrobrás no pré-sal, com petróleo comprovado pela estatal, nas áreas de Atapu, Búzios, ltapu e Sépia, localizados na Bacia de Santos. No segundo dia, a ANP realiza o sexto leilão no polígono do pré-sal, dos blocos Aram, Bumerangue, Cruzeiro do Sul, Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava.