O governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional, na quinta-feira (15), projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, que prevê a manutenção do congelamento do salário-mínimo por mais um ano.

A equipe econômica deve anunciar a previsão de um reajuste do salário-mínimo de R$ 1.100 para R$ 1.147 em janeiro de 2022, tendo como base a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 4,3%, ou seja, sem aumento real.

Em 2021, o reajuste definido para o salário mínimo ficou abaixo da inflação. Hoje, mínimo está em R$ 1.100. No entanto, o INPC do ano passado encerrou 2020 em 5,45%, e com isso, o valor deveria ser R$ 1.102, mas o governo até hoje não reajustou a diferença de R$ 2 reais no salário.

A decisão de manter o salário em 2022 sem aumento real aprofunda ainda mais a desvalorização do poder de compra dos trabalhadores, que veem aumentando muito acima da inflação itens da cesta básica de alimento e o preço gás de cozinha, que, ainda no início deste mês ficou 5% mais caro após reajuste anunciado pela Petrobrás com aval de Bolsonaro.

Além dos salários, o piso nacional é base para pagamento dos benefícios assistenciais e previdenciários.

A legislação determina que o projeto da LDO seja encaminha pelo governo federal até o dia 15 de abril. Porém, o Orçamento de 2021, aprovado no último dia 21 de março, ainda não foi sancionado. Bolsonaro tem até a próxima quinta-feira (22) para sancioná-lo.