Alice Portugal e Orlando Silva comemoraram derrota do Governo e de medida contrária à igualdade racial

O governo Bolsonaro sofreu mais uma derrota e foi obrigado a tornar sem efeito a portaria assinada pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que acabava com a cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação. Esse foi o último ato de Weintraub antes de fugir para os Estados Unidos para evitar uma possível prisão em decorrência do inquérito que responde no STF (Supremo Tribunal Federal).

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que o governo sentia “o cheiro da derrota no Congresso”. “Eu e diversos parlamentares já tínhamos apresentado projetos revogando a medida, o governo recua e torna sem efeitos a Portaria 545. Weintraub, o sinistro fujão, deve estar chorando embaixo da cama”, disse o deputado.

A vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Alice Portugal (PCdoB-BA), diz que o objetivo do governo era acabar com as políticas afirmativas na pós-graduação das universidades federais. “Essa portaria racista e retrógrada foi o último ato assinado por Abraham Weintraub antes de fugir. Grande vitória para a Educação!”, comemorou.

Além de várias ações no Congresso para derrubar mais uma medida de cunho racista do ex-ministro, o governo Bolsonaro foi emparedado pelo STF que concedeu um prazo de 48 horas para que explicasse o propósito da portaria.

A revogação foi publicada no início da madrugada desta terça-feira (23) do Diário Oficial da União, e assinada pelo ministro interino da pasta, Antonio Paulo Vogel.