No processo de tomar medidas rápidas que aliviem a situação de fome e pobreza em que o governo neoliberal de Mauricio Macri deixou o pais, o presidente Alberto Fernández apresentou, na quinta-feira(9), o plano “Argentina Faz”, que com um investimento inicial do equivalente a 650 milhões de reais busca gerar “20 mil empregos” para “cooperativas de vizinhos” nos próximos três meses.
“Não vamos só esperar as grandes medidas, as de fundo, que estão sendo tomadas e planejadas. Peço a todos, já que nos tocou chegar ao fundo do poço, que façamos juntos o esforço para sair do fundo do poço. O primeiro esforço é dar uma mão aos que estão pior e não é só de um presidente, de um ministro, é de todos, para que ninguém fique de fora”, disse Fernández.
O ministro de Obras Públicas, Gabriel Katopodis, definiu o plano como “de infraestrutura social básica, de execução rápida e mão de obra intensiva para gerar emprego em todas as localidades e fazer as obras que necessitam os vizinhos”. “Vamos resolver o sistema de água e esgoto em cada localidade; as calçadas, rampas e faixas para bicicletas, todo o relacionado com estradas e a acessibilidade aos nossos bairros; tudo o que tem a ver com obras hidráulicas pequenas, pluviais, defesas, deságues; e vamos trabalhar para construir e melhorar as escolas e os clubes de bairro”, assinalou. “Os que sofreram na Argentina destes últimos quatro anos têm que saber que não vão continuar sofrendo”, concluiu.
Na província de Buenos Aires, responsável por mais de 30% do PIB da Argentina, estão sendo tomadas outras medidas emergenciais como a Argentina contra a Fome, que lá implicará “que 560 mil famílias recebam uma ajuda para terminar com esse desastre”. “O problema da fome e a pobreza tem uma só solução de fundo, estrutural. Governar é criar trabalho, por isso estamos com o ministro Katopodis apresentando “Argentina Faz”, um programa que não vai esperar que a mão invisível do mercado atue, que vai trazer a mão solidária e visível do Estado, para que todos os argentinos possam trabalhar”, afirmou o ex-ministro de Economia do governo de Cristina Kirchner, atual governador de Buenos Aires, Axel Kicillof.
“Argentina Faz” foi definido por Alberto Fernández como “um plano integrador, porque resolve pequenas obras que necessitam os cidadãos da Grande Buenos Aires, de toda a província e do pais, obras que serão feitas pelos próprios vizinhos, por pequenas empresas construtoras, por cooperativas que vão pôr o valor do trabalho dos argentinos”. Destacou que também é integrador “porque a metade dos que trabalhem vão ser mulheres”.