Após autorização do governo Bolsonaro, os medicamentos terão aumento de até 10,08% a partir desta quinta-feira (1), segundo edição extra do Diário Oficial da União. Os reajustes ficarão entre 10,08%, 8,44% e 6,79%.

Os novos reajustes nos custos dos medicamentos ocorrem em meio ao pior momento da pandemia e quando o custo de vida da população está ainda mais caro frente à disparada nos preços dos alimentos, combustíveis, e a alta nos aluguéis. Nos hospitais, que lidam diariamente com vidas, estão começando a faltar medicamentos.

O reajuste anual no setor de medicamentos geralmente acontece em abril. No entanto, em 2020, diante da pressão popular, o governo foi obrigado a suspender os aumentos por 60 dias em razão da pandemia da Covid-19. Além disso, a ajuda emergencial que foi aprovada pelo Congresso no valor de R$ 600 ajudou muitos os trabalhadores, que perderam renda diante da pandemia, e desempregados que necessitam da compra de medicamentos com periodicidade para o tratamentos de doenças.

Neste ano, além de autorizar um aumento médio de 8,43% nos medicamentos, o dobro do registrado no ano passado (4,22%), o governo reduziu tanto a cobertura com o tempo e os valores do auxílio emergencial. A nova rodada do benefício, que o governo promete começar a pagar na próxima terça-feira (6), está restrita para apenas 45,6 milhões de pessoas, 22,6 milhões a menos dos que receberam o auxílio no ano passado. Serão pagos até julho, quatro parcelas cujo valores variam de R$150, R$250 ou R$375, dependendo da família, limitado a um benefício por família.

Estima-se que 43% ou 20 milhões de beneficiários receberão apenas R$150. No ano passado, a ajuda emergencial atingiu 68,2 milhões de pessoas, sendo as cinco primeiras parcelas mensais no valor de R$600, e quatro R$300, a partir de setembro.