Allan dos Santos, blogueiro

O Google, dono do YouTube, pediu a condenação do blogueiro Allan dos Santos, dono do site Terça Livre e foragido da Justiça, por litigância de má-fé e afirmou que ele tem uma “postura deliberada e sistemática de falsear a verdade para induzir percepções erradas no Poder Judiciário e/ou se valer do processo para fins de agitação midiática”.

De acordo com a empresa, Allan dos Santos afirmou em um processo que o Google descumpriu uma decisão da Justiça de São Paulo ao excluir os canais e o conteúdo do Terça Livre do Youtube, mesmo sabendo que havia uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para que isso fosse feito.

Na semana passada, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, acatou o pedido da Polícia Federal e determinou a prisão de Allan dos Santos por disseminar notícias falsas e atacar as instituições democráticas.

Como Allan dos Santos está se escondendo nos Estados Unidos, Moraes também pediu sua extradição. O nome do bolsonarista foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol.

Na sexta-feira (22), o canal de YouTube que estava sendo usado por Allan para difundir fake news, o Artigo 220, foi derrubado por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O canal “original” de Allan, que era chamado Terça Livre, já tinha sido excluído por uma decisão judicial anterior. O blogueiro também tentou driblar aquela decisão, usando os canais Cortes do Terça Livre e AllanDosSantos.

Em janeiro, o Google alertou o canal Terça Livre que seu conteúdo mentiroso poderia sofrer restrições por descumprir com as regras da plataforma. Por reincidência, uma primeira punição aconteceu.

Na época, o Terça Livre estava falando que as eleições nos Estados Unidos tinham sido fraudadas e que o ex-presidente Donald Trump estava sendo injustiçado.

Allan dos Santos também enalteceu a invasão ao Capitólio, feita por militantes trumpistas que queriam dar um golpe de estado.