Em audiência de conciliação na sexta-feira (8), os metalúrgicos da GM de São Caetano, em São Paulo, chegaram a um acordo parcial com a montadora, que concordou em atender parte das reivindicações da categoria.

Os trabalhadores estão em greve desde o dia 1º de outubro.

A audiência foi marcada para discutir o Dissídio Coletivo de Greve, pedido pela empresa à Justiça para que a greve seja considerada abusiva. Esse julgamento ficou marcado para a próxima quarta-feira (13), no TRT, e o encontro de sexta acabou resultando no acordo parcial.

As partes concordaram com reajuste de 10,42% a partir de 1/9/2021 sobre os salários praticados na data imediatamente anterior; mesmo índice de reajuste aos valores do vale-transporte e refeição e para o piso salarial. Os retroativos serão pagos até o dia 18 de outubro.

Ficou acordado também a manutenção das cláusulas do acordo coletivo anterior que não estão sob disputa, antecipação do pagamento de metade do 13º salário de 2022 para fevereiro do próximo ano, e o retorno de um modelo de progressão salarial de seis em seis meses.

Pelo menos duas questões reivindicadas pelo sindicato não foram aceitas pela empresa: a cláusula que trata do desconto da contribuição sindical e a que trata do valor do vale-alimentação e a aplicação de garantias a empregados acometidos por doenças com relação indireta com a atividade laboral.

Em relação ao desconto da contribuição sindical, o sindicato defende que seja feita automaticamente a partir da aprovação em assembleia. Já a empresa defende que o desconto seja feito com autorização expressa e prévia de todos os empregados.

A empresa também se comprometeu a não descontar os dias parados, nem exigir reposição das horas.

Na próxima quarta-feira (13), os metalúrgicos se reunirão em assembleias para deliberar sobre o retorno ao trabalho.