Combustível chegou a ser vendido por R$ 7,199 o litro no Rio Grande do Sul

O preço médio da gasolina subiu nos postos pela 5ª semana consecutiva e atingiu o valor de R$ 6,007 por litro, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgada nesta sexta-feira (3).

A alta foi de cerca de 0,41% em relação à semana anterior. Além da gasolina, o diesel e o etanol também subiram de preço.

Nesta semana, o combustível chegou a ser encontrado vendido por R$ 7,199 o litro em um posto no Rio Grande do Sul, mas a média mais cara do país está na Região Centro Oeste, que está em R$ 6,213 por litro.

O óleo diesel, que registrou queda na semana passada, anulou a perda e ficou 0,41% mais caro nesta semana. Ele é vendido em média a R$ 4,627 por litro.

O etanol também registra a 5ª semana consecutiva de aumento, com alta de 1%. O combustível está sendo vendido em média a R$ 4,611 por litro.

ICMS

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) entrou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta sexta, para obrigar os governadores a impor um valor nominal fixo para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS ) que incide sobre o preço dos combustíveis.

Bolsonaro diz que os governadores são os culpados pelo alto preço da gasolina e do diesel. “Sem exceção”, diz ele.

O presidente tenta desvincular a responsabilidade do governo federal nos preços elevados dos combustíveis e atribuí-los também aos Estados.

Porém, os frequentes aumentos dos combustíveis não se devem à nenhuma variação da alíquota do ICMS, que é fixa e não é alterada há muito tempo. Quem autoriza aumentos frequentes na gasolina, no óleo diesel e no gás de cozinha é o governo federal, através da Petrobrás. Só esse ano a gasolina teve um aumento de 50% nas refinarias e de 32% nas bombas. Nada a ver com os governadores.

Bolsonaro aumenta o preço do combustível na Petrobrás quase toda semana e o valor bruto que é arrecadado com o ICMS sobre os combustíveis, que é um percentual fixo sobre este preço, logicamente, sobe, mas não há aumento nenhum da alíquota do ICMS. Os aumentos dos preços dos combustíveis na refinaria são decididos exclusivamente pelo governo federal, o que ele está tentando esconder da opinião pública e só por isso que inicia mais essa briga no STF, que provavelmente perderá.

Como a conversa fiada de culpar o ICMS pelos aumentos lá atrás não tinha colado, Bolsonaro demagogicamente anunciou a redução por três meses do IPI dos combustíveis, além de trocar o presidente da Petrobrás. Não adiantou, o preço da gasolina continuou subindo.

Bolsonaro não mudou em nada a política de preços. Nem ele e nem o novo presidente tocaram na criminosa dolarização da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Ou seja, os preços continuaram subindo atrelados ao dólar e ao preço do barril de petróleo lá fora.

Bolsonaro busca estrangular os serviços públicos (hospitais e escolas públicas) dos estados e dos municípios, que dependem do ICMS, porque não teve coragem de contrariar os acionistas estrangeiros da Petrobrás que estão cada vez mais ricos com essa política. São eles que ganham muito com os preços dos derivados atrelados ao dólar e ao barril de petróleo no mercado internacional.

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