Após meses de pressão e greve dos trabalhadores, a LG acatou a proposta de acordo feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), apresentada na última quarta-feira (28), consequência do fechamento da unidade em Taubaté e as demissões em massa na empresa.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (Sindmetau), a LG vai desembolsar R$ 37,5 milhões para indenizar os 700 funcionários de sua fábrica localizada no interior de São Paulo. A proposta inicial da empresa era de R$ 20 milhões.

“Foi um processo muito árduo, com vigília 24 horas na porta da empresa. Muitas mães de família vinham com seus filhos e com seus maridos. Sempre todo mundo unido, forte e resistente. Foi um período muito difícil, mas superamos com a união de todos”, explica Camila Martins, dirigente sindical e trabalhadora na LG.

Com a indenização aprovada, os funcionários encerraram a greve e retornaram ao expediente já nesta quinta-feira (29). As atividades na fábrica devem ser finalizadas nos primeiros dias de agosto.

Ainda de acordo com o Sindmetau, o valor individual das indenizações vai de R$ 12 mil a R$73 mil, sendo calculado de acordo com o tempo de casa e o salário de cada funcionário. O acordo também estabelece pontos como pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e extensão do plano médico até 31 de janeiro de 2022.

O presidente do Sindmetau, Claudio Batista, destacou a importância da mediação feita pelo TRT e pelo MPT para construção do acordo. “Foi um trabalho fundamental”, aponta.