Presidente da República, Jair Bolsonaro

A campanha clandestina, milionária e criminosa de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018 começa a ser investigada seriamente pelas autoridades brasileiras.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) quer pedir comprovantes de gastos do PSL com Whatsapp pró-Bolsonaro nas eleições do ano passado. O tribunal apura o uso de disparos de mensagens em massa feitas para interferir ilegalmente no processo eleitoral e insuflar Bolsonaro.
A estratégia, inclusive com o uso de dinheiro estrangeiro, é proibida pela legislação brasileira. O corregedor do TSE, Jorge Mussi, afirmou na terça-feira (22) que vai pedir cópia da prestação de contas do PSL.
Jorge Mussi informou que, como os documentos estão no próprio tribunal, poderia anexá-los às ações de investigação judicial eleitoral (Aije) abertas pelo PDT e pelo PT para avaliar os gastos de Bolsonaro.
“Se eu tiver essa informação, eu posso de ofício, sem ser provocado, até pedir isso aí”, afirmou o corregedor. “Se está na prestação de contas do partido, nós teremos fácil acesso a isso”, avaliou Mussi. “Vou ver quem é o relator da prestação de contas do partido porque aí é mais fácil”, completou.
Segundo reportagem do site UOL, há 11 dias, Mussi ordenou que as operadoras de telefonia repassassem dados de linhas em nome de quatro empresas suspeitas de fazerem disparos em massa: Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMS Marketing.
O TSE veda o uso de ferramentas de automatização, como programas de disparo de mensagens em massa. Especialistas em segurança da informação afirmam que é preciso também pedir ao WhatsApp a geolocalização das pessoas que fizeram disparos em massa, a partir das suspeitas existentes e das contas banidas pelos próprio aplicativo durante as eleições.
Um ex-assessor da família Bolsoanro ganhou R$ 65 mil para fazer disparos em massa. De acordo com o site Vortex, a prestação de contas do PSL inclui pagamentos a uma empresa de Érico Filipe de Mello e Costa, mas esses valores não estão na relação de despesas de Jair Bolsonaro durante as eleições.
Ele foi assessor da família Bolsonaro na Câmara durante 14 anos. Érico montou a empresa Ideia Marketing Digital às vésperas da campanha. Recebeu R$ 65.400 por serviços que incluíam disparos de mensagens por WhatsApp.
O vereador Carlos Bolsonaro, “o zero dois” do clã de Jacarepaguá, que comanda o chamado “gabinete do ódio” de Bolsonaro, deverá ser convocado para a CPI que investiga o uso criminoso das redes sociais. O esquema criminoso, que envolveu recursos milionários que passaram por fora da campanha de Bolsonaro, e a participação do escroque norte americano, Steve Bannon, na estrutura criminosa que levou Bolsonaro ao Planalto, começou a vir à tona com o documentário francês “Driblando a Democracia”, dirigido por Thomas Huchon.
Ali fica claro que milhões de dólares foram usados para a montagem do esquema que fraudou a eleição brasileira, depois de ter feito o mesmo no plebiscito do Brexit, na Inglaterra e na eleição de Trump, nos EUA. Esse esquema criminoso agora está sendo denunciado pela deputada Joice Hasselmann, ex-líder do governo na Câmara dos Deputados.
Segundo ela, os conteúdos são criados dentro do Palácio, são repassados para 20 perfis comandados por assessores dos filhos de Bolsonaro e dali se ligam a cerca de 1.500 páginas repetidoras espalhadas pelo país. Segundo a deputada, parte delas é paga e outra é mantidas por integrantes da milícia bolsonarista.
Durante a eleição, Fake News eram disparados aos milhões espalhando a mentira e o ódio por todo o Brasil e interferindo ilegalmente na formação da opinião pública. A origem desses recursos que fraudaram a eleição brasileira ainda é incerto, mas, seguramente tem as digitais do mafioso americano Steve Bannon e de seu patrão, o bilionário fascista Robert Mercer.
As teias internacionais desse esquema criminoso e fraudulento de roubo e manipulação de dados pessoais, que adulterou o processo político no Brasil, depois de fazê-lo também nos Estados Unidos e na Inglaterra, deverão ser investigadas, já que há empresas e pessoas, entre elas Steve Bannon, que estão presentes nos bastidores deste processo que colocou o bando de Bolsonaro no governo.
A legislação brasileira impede a intromissão de empresas e de recursos estrangeiros, como ocorreu na campanha de Bolsonaro, para abastecer artifícios para garantir disparos massivos de WhatsApp e outros mecanismos de manipulação eleitoral.