No Maranhão, a união tem sido a chave do avanço frente às grandes adversidades trazidas pelo quadro econômico nacional e pela pandemia do coronavírus. Com equilíbrio, o poder público e a iniciativa privada tem atuado em favor do nosso Estado e das pessoas que aqui vivem. O setor privado fez doações fundamentais para que mantivéssemos nossos atendimentos contra o coronavírus. Também foram muito importantes os diálogos quanto à retomada das atividades econômicas, com protocolos sanitários.
Por Flávio Dino*
Temos colhido os resultados desse espírito de parcerias. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Governo Federal, divulgados esta semana, revelaram que, até aqui, o Maranhão gerou, no ano de 2020, saldo de empregos formais maior do que os principais centros econômicos do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Temos o 3º melhor saldo de empregos do Brasil e somos o único estado do Nordeste a manter o patamar positivo no ranking.
Esta semana, em comemoração aos 166 anos da Associação Comercial do Maranhão, tive um rico diálogo com os empresários presentes. Mais uma vez, demonstrei a relevância do Plano Emergencial de Empregos Celso Furtado, desenvolvido pelo Governo do Estado, com investimentos públicos de R$ 559 milhões até dezembro. E destaquei os benefícios fiscais e apoios ao setor privado, que temos instituído, chegando em 2019 a R$ 1,7 bilhão. Porém, temos limitações para avançar ainda mais, uma vez que, constitucionalmente, não nos cabe cuidar da política macroeconômica. Juros, câmbio, crédito, emissão de moeda são temas de competência federal e certamente as entidades empresariais de âmbito nacional estão direcionando suas propostas e cobranças às autoridades do Ministério da Economia e do Banco Central.
Naquilo que nos cabe, seguiremos o caminho da união, do diálogo e do trabalho honesto. Como lembra o salmista Davi: “Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união” (Salmos 133:1). De mãos dadas, vamos ainda mais longe.
*Governador do Maranhão
(PL)