O governador do Maranhão, Flávio Dino, usou as redes sociais nesta terça-feira (30) para defender que o Congresso tome a aprovação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) como uma “grande prioridade” para o segundo semestre.

Na opinião do governador, “o Brasil precisa de um encaminhamento para o tema do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). É a educação de milhões de crianças e jovens que está em jogo”.

No início do ano, esta foi uma pauta elegida entre as prioritárias também pelo PCdoB.

Esta não foi a primeira vez que Flávio Dino chamou atenção para este tema. Ele também já apontou a irresponsabilidade do governo Bolsonaro ao não sinalizar um encaminhamento para a matéria.

Só em 2019, o fundo redistribuiu aos estados e municípios cerca de R$ 165 bilhões. Os recursos servem para valorizar os professores e desenvolver e manter funcionando todas as etapas da Educação Básica – desde creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio até a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

No caso do Maranhão, por exemplo, por decisão do governo Flávio Dino os valores recebidos pelo Fundeb são repassados ao pagamento da folha de profissionais da educação, o que permite que o estado pague o maior piso salarial de professores que trabalham 40h no país: R$ 6.358,96.

Bagunça na educação

Na noite desta segunda-feira (30), Flávio Dino também usou as redes sociais para denunciar “a bagunça que Bolsonaro gerou na educação brasileira”. Ele ironizou que já são 18 meses “sem ministro da Educação”.

Na semana passada, Bolsonaro nomeou Carlos Alberto Decotelli para o cargo, mas a imprensa já afirma que o Planalto procura nomes para substituí-lo depois de uma série de denúncias de dados mentirosos que compunham o currículo apresentado pelo ministro. Decotelli assumiu o posto deixado por Abraham Weintraub, cujo legado é uma série de ataques à educação pública e aos professores, especialmente os universitários. Antes, Bolsonaro havia nomeado o olavista Ricardo Vélez Rodríguez, que foi demitido quatro meses depois sem nada fazer em prol da educação pública brasileira.