O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), respondeu a tuíte do presidente Jair Bolsonaro sobre a operação da Polícia Federal contra um esquema de “fake news” realizada nessa quarta-feira (27). A investigação avançou sobre apoiadores do presidente, que reagiu dizendo que as casas de “cidadãos de bem” teriam sido “invadidas” e que “algo de muito grave está acontecendocom nossa democracia”.

Flávio Dino rebateu: “Ver o presidente da República exercendo indevida pressão sobre o Supremo Tribunal Federal é um sinal que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia”, escreveu o governador, que é ex-juiz federal e professor de direito.

Em outra mensagem, ironizou a postura do presidente:


Ainda pelo Twitter, Flávio Dino comentou que a Liberdade de Expressão está resguardada na medida em que a Constituição também afirma que “todos respondem pelos crimes e danos morais derivados de seus atos”.

E explicou que as diligências investigatórias estão autorizadas pelo regimento interno do Supremo. Nesta quarta-feira (27), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu, ao ministro Edson Fachin a suspensão do inquérito que apura fake news, ofensas e ameaças contra a Corte.

“Se o Inquérito sobre fake news fosse suspenso, o Supremo perderia a sua independência, diante de crimes diversos cometidos contra os seus integrantes, e hoje reiterados de modo vil. O Regimento Interno do Supremo e demais normas processuais autorizam diligências investigatórias”, postou.

Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão. Entre os aliados de Bolsonaro atingidos estão o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang, dono da Havan, além de blogueiros.

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