Flávio Dino: Bancos públicos são essenciais para o desenvolvimento
“Nós sabemos que temos um sistema privado bastante expressivo em nosso país, a questão que está colocada é se ao lado desse sistema privado nós precisamos de bancos públicos, qual dimensão e qual papel deles”, enfatizou.
Segundo o governador, ele tem defendido há anos que “o Brasil só vai conseguir incluir no desenvolvimento largas parcelas do nosso povo, e isso se refere também ao nosso ao estado, na medida que tenhamos esses bancos públicos abertos, acessíveis e indutores de desenvolvimento. E que financie programas sociais a exemplo do Minha Casa Minha Vida, a Agricultura Popular.
Flávio Dino ironizou: “O que é público é corrupto e ineficiente, aquilo que é privado é limpinho e eficiente, só que isso não ultrapassa nenhum teste empírico. Qual foi o grande esquema de corrupção no Brasil desvendado nas últimas décadas que não teve a participação privada, questionou. “Nenhum!”, explicou o governador.
Para ele, “o pensamento progressista, de esquerda é preciso ter cuidado para não cair nessa armadilha ideológica”.
“Minha abordagem aqui é nesse sentido em defesa dos interesses do povo do Maranhão para que esses bancos continuem atuando em nosso estado e no nosso país”, comentou Flávio Dino à imprensa ainda antes do debate dar início.
Responsáveis por mais de 85% dos financiamentos imobiliários realizados no Maranhão, os bancos públicos também administram importantes programas sociais como o Bolsa Família.
O governador destacou ainda o interesse público na discussão sobre as privatizações: “Por isso minha presença aqui, a defesa dos interesses do povo do Maranhão, para que esses bancos públicos continuem a atuar em nosso estado e em nosso país”.
Diálogos
Promovido pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, em parceria com a revista Carta Capital, o Diálogos Capitais tem percorrido diferentes cidades. Com o tema “Bancos públicos sob ataque: desafios, riscos e perspectivas”, o evento trouxe reflexões sobre as privatizações prometidas pelo Governo Federal.
Também participaram como debatedores o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira; o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), Fábio Nahuz; e a professora do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (CEFET-RJ), Elika Takimoto. O encontro foi mediado pela gestora de políticas públicas Luciana Soares.