Em entrevista veiculada pelos canais do jornal O Povo, nesta terça-feira (15), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) falou sobre a CPI da Covid, o cenário político nacional e frente ampla contra Bolsonaro.

Ao tratar dos desdobramentos da CPI e da condução da crise da pandemia pelo governo Bolsonaro, Flávio Dino destacou: “As máfias vão ser reveladas. A máfia da cloroquina vai ser revelada. Isso não é só uma opção científica não; isso é coisa de máfia”.

Além disso, o governador salientou que a CPI “está dando uma grande contribuição, primeiro para corrigir o futuro” e ironizou: “a CPI já conseguiu uma coisa: o Bolsonaro descobriu o telefone da Pfizer”. Bolsonaro “ligou para Pfizer, isso é um feito da CPI”, salientou.

Flávio Dino apontou também a “negligência criminosa” do governo Bolsonaro. “Acho que a CPI vai ser um acervo probatório muito importante, primeiro para o tribunal da história, do qual ninguém escapa; segundo para os tribunais brasileiros e terceiro, para o Tribunal Internacional. Porque do jeito que essa gente vai, vai parar lá. É crime contra a humanidade”.

Frente ampla

Com relação às eleições de 2022, o governador declarou que é preciso a “formação de alianças políticas amplas para que possamos derrotar o mal maior que é o Bolsonaro, que faz um péssimo governo, absolutamente desastrado tanto na questão sanitária quanto econômica. É um governo incapaz de tomar medidas sociais sérias. Basta ver o preço do botijão de gás de cozinha, a inflação de alimentos, o desastre sanitário pela demora na compra de vacinas”.

Flávio Dino completou dizendo: “mais quatro anos de Bolsonaro seria uma tragédia, por isso, estarei em campo, muito firmemente, para que um candidato do campo democrático, se possível, claro, progressista, à esquerda, seja vencedor da eleição de 2022”.

Para o governador, é preciso “unir todo o povo brasileiro que tem espírito solidário, fraterno, independentemente de ideologia”. E destacou: “Não existe saída individual para problemas coletivos; não existe saída sem a política; ninguém vai se salvar sozinho da pandemia, do desemprego, do alto preço da comida”.

 

Por Priscila Lobregatte
Com informações de O Povo